Natal para peixarias: campo-grandenses lotam comércios a dois dias da Sexta-Feira Santa
Lojistas esperam aumento de até 15% nas vendas em comparação com o feriado do ano passado
Clayton Neves –
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A dois dias da Sexta-feira Santa, o movimento já é intenso nas peixarias de Campo Grande, com aumento considerável na procura do produto que se destaca como o carro-chefe da data. Entre os clientes, gente que se antecipou para não ter de enfrentar as longas filas que se formam no comércio no dia que antecede o feriado religioso.
“Quando chega a quinta-feira tudo fica lotado e você simplesmente não consegue andar na peixaria. Como o produto é congelado, resolvi antecipar a compra e vou deixar no congelador até o almoço de sexta”, comentou o aposentado Herivelto Brum Ribeiro, de 68 anos.
Por pouco mais de R$ 85, Dolores Motta, de 69 anos, conseguiu comprar 1,2 kg de bacalhau para o almoço que faz questão de fazer em família. “Eu sou católica e para mim é um momento de reflexão com a família. Na quinta e na sexta-feira sempre comemos peixe”, comenta.
Com tudo no jeito, a dois dias do encontro com os parentes, a aposentada afirma que, geralmente, faz as compras até com mais dias de antecedência. “Não gosto de tumulto e sempre me antecipo para fazer tudo com tranquilidade, inclusive, já comprei vários itens do mercado e hoje estou finalizando”, detalha.
Decidida a gastar até R$ 100 para comprar alguma peça de pintado, Aurora Ribeiro, de 76 anos, também queria ter comprado tudo antes. “Só estou vindo hoje porque não tive tempo para comprar antes. Sempre me antecipo bastante porque quanto mais demora, mais cheio fica”, pontua.
Natal do comércio de peixe
De acordo com Cleuber Linares, dono da peixaria ao lado do Mercadão Municipal, a Semana Santa é considerada o Natal para o comércio de peixe em geral. Segundo ele, desde a semana passada o fluxo de clientes aumentou consideravelmente e, até o dia 7, a expectativa é de que a movimentação seja 70% superior a dias comuns.
Otimista, o empresário prevê aumento entre 10% e 15% nas vendas em comparação ao ano passado. “A data caiu no início do mês, tem muita gente recebendo pagamento, também tem virada do cartão de crédito e tudo isso influencia”, afirma.
Na loja, os peixes mais procurados são o pacu e o pintado, no entanto, clientes encontram aparas de peixes a partir de R$ 9,90, sardinhas limpas por R$ 16,90, pintado por R$ 40 e até itens mais nobres, que chegam a R$ 90 o quilo.
“A gente sempre avalia a média de vendas dos últimos 3, 4 anos e procura acrescentar de 10 a 15% acima. Com isso, conseguimos manter o estoque até a sexta-feira sem que falte nenhum item”, finaliza.
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