Disparada no preço do leite ‘pesou’ no bolso e inflação ficou em 0,64% em Campo Grande

Inflação acumulada dos últimos 12 meses é uma das maiores entre capitais

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
Inflação
Preço do leite de caixinha subiu quase 16% em julho. (Foto: Leonardo de França/ Midiamax)

A inflação oficial do Brasil, que é a do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), ficou em 0,67%, mas em Campo Grande foi menor, chegando a 0,64%. Na primeira quinzena de junho, a velocidade de aumento de preços já estava menor na Capital Morena, e se intensificou na segunda quinzena, porém, ficou um pouco abaixo da média nacional. No acumulado do ano, a inflação em Campo Grande está em 5,65% e no período de 12 meses se encontra em 12,06%.

De acordo com o IBGE, que faz o cálculo do IPCA, todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram variação positiva em junho. A maior delas veio do grupo vestuário, com alta de 1,67% e 0,07 ponto percentual de contribuição. Já o maior impacto – de 0,17 ponto percentual – veio do grupo alimentação e bebidas, com 0,8%. Na sequência, vieram saúde e cuidados pessoais, com 1,24% e transportes com 0,57%, registrando impactos de 0,15 e 0,13 pontos percentuais, respectivamente. O grupo habitação, que havia registrado queda de 1,7% em maio, passou para alta de 0,41% em junho, com impacto de 0,06 ponto percentual Os demais grupos ficaram entre 0,09% – no caso, o grupo da educação – e o 0,55%, nos artigos de residência.

Segundo o IBGE, o resultado do grupo alimentação e bebidas – com inflação de 0,8% – foi influenciado pela alta dos alimentos para consumo fora do domicílio (1,26%). A refeição passou de 0,41% no mês anterior para 0,95% em junho, enquanto o lanche foi de 1,08% para 2,21%. Também houve alta em alguns alimentos para consumo no domicílio (0,63%), como o leite longa vida (10,72%) e o feijão-carioca (9,74%), por exemplo. No lado das quedas, houve recuo expressivo nos preços da cenoura (-23,36%), que já haviam caído em maio (-24,07%). Outros alimentos importantes na cesta de consumo dos brasileiros tiveram redução de preços, a exemplo da cebola (-7,06%), da batata-inglesa (-3,47%) e do tomate (-2,70%).

No grupo da saúde e cuidados pessoais – com inflação de 1,24%, o destaque foi o plano de saúde (2,99%), item com o maior impacto individual no índice do mês, ou seja, 0,1 ponto percentual. O resultado é consequência do reajuste de até 15,5% para os planos individuais autorizado pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) em 26 de maio, com vigência a partir de maio de 2022 e cujo ciclo se encerra em abril de 2023. Nesse sentido, foram apropriadas no IPCA de junho as frações mensais referentes aos meses de maio e junho. Além disso, houve aumentos nos preços dos produtos farmacêuticos (0,61%) e dos itens de higiene pessoal (0,55%).

O grupo dos transportes – com inflação de 0,57% – desacelerou em relação a maio (1,34%), influenciado pelo resultado dos combustíveis (-1,2%). Enquanto os preços da gasolina caíram 0,72%, o recuo nos preços do etanol foi mais intenso (-6,41%). Por outro lado, houve aumento do óleo diesel (3,82%) e do gás veicular (0,30%). A maior variação (11,32%) e o maior impacto positivo – 0,06 ponto percentual – dentro do grupo veio das passagens aéreas, cujos preços já haviam subido em maio (18,33%). Em 12 meses, as passagens aéreas acumulam alta de 122,40%.

No grupo vestuário – com inflação de 1,67% -, os destaques foram as roupas masculinas (2,19%) e femininas (2%). Na sequência, vieram as roupas infantis (1,49%) e os calçados e acessórios (1,21%). Todos os itens do grupo tiveram variação positiva no mês. Na habitação – com inflação de 0,41% – a alta deve-se aos reajustes da taxa de água e esgoto (2,17%). No caso de Campo Grande (3,22%), o reajuste foi de 11,08%, sendo 5% em 1º de janeiro e o restante fracionado a partir de maio.

Conteúdos relacionados

Exposição acontece na próxima semana (Foto: Reprodução, redes sociais)