O aumento dos casos de doenças respiratórias, que atingem principalmente as crianças, superlota pronto atendimento até de hospitais particulares de Campo Grande. Em um hospital localizado na Avenida Mato Grosso, o tempo de espera para atendimento médico passa das 4 horas na manhã desta terça-feira (30).

Diante do aumento de casos, que também superlota as UPAs (Unidade de Pronto Atendimento), a prefeitura de Campo Grande avalia decretar situação de emergência de saúde. A medida visa acelerar processos de abertura de novos leitos, incluindo até compra em rede particular se houver necessidade.

Na manhã desta terça, leitores do Jornal Midiamax afirmam que o pronto atendimento do Hospital da Unimed, na Avenida Mato Grosso, está lotado. Pacientes com sintomas respiratórios aguardam atendimento desde as 7 horas da manhã.

Na semana passada, hospitais particulares informaram que o tempo de espera para atendimento médico na pediatria chegava a 5 horas, a exemplo do Hospital da Cassems.

Para quem tem o plano da Unimed, uma das saídas para não enfrentar a lotação dos hospitais é o Pronto Atendimento Digital, ferramenta que permite consulta do paciente com um médico via internet. No entanto, o serviço disponível em uma cabine no pronto atendimento do hospital da Avenida Mato Grosso apresentou falhas nesta manhã.

Nesta segunda, a Unimed informou, por meio da assessoria de imprensa, que um surto de influenza A é o que tem feito aumentar os casos de pacientes com sintomas respiratórios. A vacinação contra a gripe é uma das saídas para evitar evolução de casos graves.

“Outro ponto importante é, se estiver doente, evite exposição pública para reduzir o contágio por em torno de 5 dias e use máscara nas ruas. Procure ajuda médica para amenizar os sintomas, mesmo que seja uma síndrome viral autolimitada, tende a piorar bastante a qualidade de vida. Também é importante evitar aglomerações ou ambientes fechados. E ao entrar em contato com algum local de possível contaminação, usar o álcool 70 ou ter o hábito de lavar as mãos com água e sabão”, disse o médico otorrinolaringologista Bruno Nakao.

A reportagem entrou em contato com a Unimed para mais detalhes sobre o tempo de espera dos pacientes e a lotação no hospital, e aguarda retorno.

Emergência em saúde

Nesta terça-feira (30), a secretária Rosana Leite esteve na Câmara Municipal, onde se reuniu com vereadores e falou sobre a situação. A avaliação do decreto de emergência está sendo feito pelo COI-SRAG (Conselho de Operações de Emergência), que foi ativado recentemente.

“Essa ação tenta mitigar e prevenir, para que a população tenha bastante consciência, porque os postos estão superlotados, estamos demorando em média duas a três horas para atendimento. Bastante sobrecarregados, por isso instauramos o COE- Centro de Operações de Emergência, como estratégia com os hospitais e OS para dar atendimentos para toda população”, disse a secretária.