Há 10 dias, a de Campo Grande enfrenta superlotação de pacientes no setor de ortopedia. Na quarta-feira (21), havia 40 pacientes aguardando cirurgias de urgência, mas o hospital fala em melhora progressiva na superlotação.

De acordo com a Santa Casa, o setor de ortopedia tem realizado entre 24 e 26 cirurgias por dia, para atender à demanda de traumas, que aumentou no Carnaval. O hospital tem 587 pacientes internados, dos quais 115 são da especialidade ortopédica e 40 ainda aguardam cirurgias de urgência.

A Santa Casa é o maior hospital do Estado e referência em ortopedia, dessa forma, recebe pacientes dos 79 municípios. Diante disso, o hospital reclama de falta de critério no interior para a regulação de pacientes.

Como exemplo, cita o caso de um paciente de Chapadão do Sul, após uma amputação, alegando que precisava de oxigênio e de uma avaliação por falta de gasometria na cidade de origem. Porém, ao chegar à Santa Casa, o paciente não usava oxigênio, já estava medicado e não tinha nenhuma urgência, pois a cirurgia já havia sido feita na origem.

“O paciente ficou em uma maca improvisada, gerando desconforto e risco para ele, prejuízo para outro paciente que poderia ter sido atendido e superlotação para o hospital. O hospital pede que o interior seja mais resolutivo e que só encaminhe os casos realmente necessários”, explica o diretor técnico, William Lemos.

Problema crônico

Em 2023, o Jornal Midiamax noticiou várias vezes em que a Santa Casa alegou estar em superlotação. Na primeira delas, em abril, o hospital chegou a fechar as portas para novos pacientes.

A situação se agravou ao longo do mês de abril, devido a uma crise do sistema de saúde com a alta de casos de doenças respiratórias, especialmente em crianças. No fim de maio, a Santa Casa ainda enfrentava problemas e chegou a informar que estava acelerando a alta de pacientes do Pronto Socorro.

Passados cinco meses, em outubro de 2023, novamente superlotação no pronto-socorro da Santa Casa. Na época, o Jornal Midiamax noticiou que devido à falta de leitos, o hospital estava retendo macas dos Bombeiros.

Com a superlotação nos setores, a retenção de maca é uma consequência. Visto que, sem leitos disponíveis suficientes para atender à demanda, os pacientes precisam aguardar atendimento na maca.