A Santa Casa de Campo Grande enfrenta novamente superlotação no setor de ortopedia. Há 51 pacientes aguardando cirurgia de urgência nesta segunda-feira (19), além de outros em “pré-atendimento”, como a avaliação.
Em nota, o hospital informou que está operando acima da capacidade normal da área. A maioria é vítima de acidentes, como quedas, atropelamentos, colisões, facadas, entre outros. Também há no setor pessoas que aguardam por uma avaliação ou intervenção de um subespecialista, ou seja, já houve um primeiro atendimento ortopédico, mas é necessário procedimento complementar com ortopedista mais especializado para o tipo de fratura ou lesão apresentada pelo paciente.
O comunicado reforça que a unidade é referência nesse tipo de atendimento de alta complexidade, mas, “devido ao volume de eventos, tem enfrentado dificuldade com recursos humanos, materiais e financeiros para dar conta de toda a demanda”.
“De outro lado, são também encaminhados pacientes com condições mais simples, que poderiam ser atendidos em outros serviços de saúde, mas que acabam sendo encaminhados para a Santa Casa, sobrecarregando ainda mais o sistema. Esses pacientes ficam em uma fila de espera, que tem chegado a mais de uma semana, prejudicando a sua recuperação e a qualidade de vida. Isso ocorre porque, diante do cenário crônico de superlotação, é necessário classificar o risco dos pacientes e definir a prioridade, o que invariavelmente posterga casos mais simples. Mesmo realizando cerca de 25 cirurgias ortopédicas por dia, o volume de pacientes está maior que a capacidade”.
Por fim, o hospital pede ao poder público, tanto estadual quanto municipal, mais eficiência na regulação de pacientes que precisam do serviço de ortopedia, encaminhando os de menor complexidade para outros hospitais ou unidades de saúde.
