A Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul) vai exigir a apresentação de atestado negativo para mormo de criadores de equídeos (equinos, muares e asisinos) que querer expor os animais na Expogrande.
A determinação vale para qualquer evento nas dependências do Parque de Exposições Laucídio Coelho. O atestado é emitido pelo médico veterinário contratado pelo criador.
A exigência está amparada pela Portaria número 593 do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), de 30 de junho de 2023, que aprova as diretrizes gerais para a prevenção, controle e erradicação do mormo em todo o território nacional.
Mormo
Em junho do ano passado, um caso de mormo foi detectado pela Iagro-MS (Agência de Sanidade Vegetal e Animal) e o Brasileiro de Laço Comprido que iria acontecer no local teve que ser cancelado.
O animal estava alojado de forma irregular dentro de uma propriedade nas áreas de Condomínios do Parque do Peão (CLC). O mormo é uma doença infectocontagiosa grave que acomete os equídeos, mas que pode acometer outras espécies de maneira acidental, como o homem (zoonose), carnívoros e pequenos ruminantes.
Sintomas
A doença é causada pela bactéria Burkholderia mallei, que ocasiona alta taxa de mortalidade nos equídeos e, no homem é fatal. Os sinais clínicos mais frequentes são: febre, tosse e corrimento nasal.
A doença pode se manifestar na forma aguda ou crônica, sendo que a forma crônica, geralmente, ocorre em equinos e a forma aguda em muares e asininos. Em equídeos os sinais são classificados em três categorias: nasal, pulmonar e cutânea.
A principal via de infecção é a digestiva, podendo ocorrer também pelas vias respiratórias, genital e cutânea. Animais infectados e portadores assintomáticos são fortes fontes de infecção.
A disseminação do agente no ambiente ocorre através da água, alimentos (forragens, melaço), fômites (bebedouros, cochos, equipamentos de montaria compartilhados). A mosca doméstica também pode contribuir para a disseminação da bactéria.