Campo Grande vai sediar, neste mês de agosto, um evento com cerca de 100 palestrantes para discutir soluções e possibilidades para um futuro sustentável no Pantanal. Autoridades e especialistas, que entendem com profundidade o bioma, além de pesquisadores e representantes da sociedade civil estarão presentes. A iniciativa é da ONG (Organização Não Governamental) Pontes Pantaneiras.
Entre os dias 16 a 18 de agosto, o evento ocorre com mesas redondas, convidados e 15 painéis. Na ocasião, serão expostos casos bem-sucedidos de valorização da cultura, conservação da biodiversidade e desenvolvimento do bioma, contando ainda com o apoio de um comitê consultivo formado por membros da iniciativa privada, pública e do terceiro setor.
Entre as entidades presentes está o IPÊ (Instituto de Pesquisas Ecológicas), a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) Pantanal, Embaixada e Consulados dos Estados Unidos no Brasil, Instituto Smithsonian, UCL (University College of London), CENAP/ICMBio, além das universidades federais do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e a WWF Brasil.
Discussão central será em torno da sustentabilidade na atividade pantaneira
No primeiro dia, autoridades acompanharão a apresentação Guadakan pela Companhia de Dança do Pantanal. Já no dia seguinte, a discussão central será em torno da sustentabilidade na atividade pantaneira, em mesas redondas com o tema “Rede Pecuária Sustentável: experiências e potencialidades” e “Valorização do capital natural do Pantanal em benefício dos pantaneiros”, conduzidas pela Embrapa Pantanal e a UFMS (Universidade Federal do Mato Grosso do Sul), respectivamente.
Além disso, o Fórum buscará conectar importantes debates da sociedade, com um futuro mais igualitário e de oportunidade para todos, promovendo uma agenda entre as lideranças femininas na região – de pecuaristas a indígenas – com o painel “Protagonismo feminino na conservação sociocultural e ambiental do Pantanal”.
No dia 17 de agosto, o Fórum Pontes Pantaneiras também pretende apresentar alguns insights e caminhos para ampliar áreas protegidas do Pantanal, garantindo ainda a conservação por meio de apoio técnico para subsistência de mais de 8 mil povos tradicionais (desde comunidades indígenas a ribeirinhas), que dependem dos recursos naturais e adaptaram o seu modo de vida, cosmologia e resiliência com base na dinâmica ecológica.
No último dia, estão previstas reflexões acerca das relações humanas plurais e diversas no território com a mesa redonda “Identidade Pantaneira no mundo atual” e a sessão “Diálogos e Experiências: Sociobiodiversidade Pantaneira”. Ambas contarão com a presença de líderes e representantes das comunidades indígenas, quilombolas, pesqueiras, artesãs e ribeirinhas da região.
No local, também ocorrem mostras audiovisuais, exposições de iniciativas e ações conduzidas pelos participantes no Pantanal.
O evento ocorre no Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camillo, localizado no Parque dos Poderes. A entrada é gratuita.
