Confira as condições e fatores de risco para complicações pela influenza H3N2

Além dos sintomas, grupo de risco também é semelhante ao da Covid-19

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Grupo de gestantes e indígenas exige atenção
Grupo de gestantes e indígenas exige atenção

Com a circulação confirmada em Mato Grosso do Sul — inclusive com registros de mortes —, o vírus H3N2 da Influenza também é preocupante, assim com a H1N1 e a covid-19. Os grupos de risco também são semelhantes assim como os sintomas e somente um teste clínico pode confirmar as doenças. 

No caso da H3N2, gestantes, idosos e crianças fazem parte do grupo de risco, que pode desenvolver formas graves da doença e também transmitir o vírus por um período maior de tempo, segundo informações do Ministério da Saúde. Estão no grupo de risco:

  • Grávidas em qualquer idade estacional e puérperas até duas semanas após o parto (incluindo as que tiveram aborto ou perda fetal);
  • Adultos com mais de 60 anos e crianças menores de 5 (sendo que o maior risco de hospitalização é em menores de 2 anos, especialmente as menores de 6 meses com maior taxa de mortalidade); 
  • População indígena aldeada ou com dificuldade de acesso;
  • Pessoas com pneumopatias (incluindo asma) e cardiovasculopatias (excluindo hipertensão arterial sistêmica);
  • Nefropatas e hepatopatas;
  • Pessoas com doenças hematológicas (incluindo anemia falciforme) e distúrbios metabólicos (incluindo diabetes mellitus);
  • Transtornos neurológicos que podem comprometer a função respiratória ou aumentar o risco de aspiração (disfunção cognitiva, lesões medulares, epilepsia, paralisia cerebral, Síndrome de Down, atraso de desenvolvimento, AVC ou doenças neuromusculares);
  • Imunossupremidos (incluindo medicamentosa ou pelo vírus da imunodeficiência humana) e obesos (IMC maior ou igual 40 em adultos);
  • Indivíduos menores de 19 anos em uso prolongado com ácido acetilsalicílico (risco de Síndrome de Reye).

Quais as complicações da H3N2?

O quadro clínico em adultos sadios pode variar de intensidade e nas crianças a temperatura pode atingir níveis mais altos, sendo comum o achado de aumento dos linfonodos cervicais e também podem fazer parte os quadros de bronquite ou bronquiolite, além de sintomas gastrointestinais.

Os idosos quase sempre se apresentam febris, às vezes, sem outros sintomas, mas em geral a temperatura não atinge níveis tão altos, ainda conforme a pasta da saúde. 

As situações reconhecidamente de risco incluem doença pulmonar crônica (asma e doença pulmonar obstrutiva crônica), cardiopatias (insuficiência cardíaca crônica), doença metabólica crônica (diabetes, por exemplo), imunodeficiência ou imunodepressão, gravidez, doença crônica renal e hemoglobinopatias.

As complicações são mais comuns em idosos e indivíduos vulneráveis. As mais frequentes são as pneumonias bacterianas secundárias, sendo geralmente provocadas pelos seguintes agentes: Streptococcus pneumoniae, Staphylococcus ssp. e Haemophillus influenzae.

Uma complicação incomum, e muito grave, é a pneumonia viral primária pelo vírus da influenza. Nos imunocomprometidos, o quadro clínico é geralmente mais arrastado e, muitas vezes, mais grave. Gestantes com quadro de influenza no segundo ou terceiro trimestre da gravidez estão mais propensas à internação hospitalar.

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