Com promessa de empresas fecharem em protesto nesta 2ª, aumenta manifestação na Duque de Caxias
Manifestantes estão há sete dias em frente ao Comando Militar do Oeste
Thalya Godoy –
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Manifestantes entram no sétimo dia de manifestações em Campo Grande, concentrados na Avenida Duque de Caxias, em frente ao CMO (Comando Militar do Oeste). Na comparação com o início da manhã, quando a equipe de reportagem esteve no local, o fluxo de pessoas, veículos e, consequentemente, de congestionamento, cresceu no local.
As duas pistas em frente ao prédio militar estão com trânsito congestionado. Na via sentido bairro, as duas pistas estão tomadas por manifestantes, o que tem deixado difícil a passagem de veículos no local. Carros, motos, caminhonetes e caminhões estão estacionados até o final do canteiro para quem vai em direção ao centro da Capital.
O grupo pró-Bolsonaro protesta contra o resultado das eleições presidenciais do último domingo (30/10) que deram a vitória ao candidato Lula (PT). A previsão é que nesta segunda-feira (07), comerciantes de Mato Grosso do Sul fechem as portas em apoio às manifestações. Além de Campo Grande, outras capitais como São Paulo e Rio de Janeiro registraram atos em frente de prédios militares neste domingo.
A grande concentração de pessoas no local tem atraído vendedores ambulantes que aproveitam o público para faturar desde com espetinhos a camisetas da seleção brasileira de futebol.
Fernanda Senhorine, de 34 anos, montou com o marido uma barraca de espetinhos no local. Na segunda-feira, primeiro dia em que estiveram em frente ao CMO, trouxeram uma pequena churrasqueira, uma caixa térmica e poucos utensílios.
Neste domingo, já no sétimo dia, o casal montou uma barraca, trouxe uma churrasqueira com maior capacidade para assar espetos e colocou cerca de dez cadeiras para acomodar os clientes, o que demonstra o bom movimento.
“Nós temos um restaurante aqui perto em que vendemos refeições e a nossa clientela veio toda para cá”, relata Fernanda. O objetivo do casal é juntar dinheiro para investir no negócio que abriram no bairro Santo Antônio.
Ao longo da grande dos prédios militares na Duque de Caxias, manifestantes posicionaram cadeiras e aproveitam a sombra para permanecer no local vestidos com camisetas nas cores verde e amarela.
Tatiane Baez, de 21 anos, comprou estoque de blusas do Brasil para vender na Copa do Mundo, mas devido ao movimento em frente ao CMO aproveitou a oportunidade para começar a lucrar antes. Ela, o marido e o cunhado chegam a vender uma média entre 50 a 60 camisetas por dia.
“As bandeiras também tem boa saída, principalmente as pequenas para crianças”, afirma a mulher.
Os planos do casal também são investir em futuros negócios com o dinheiro que faturarem no local.
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