Com 9 mil contratos, compra e venda de imóveis cresce 4,4% em Campo Grande no semestre
Campo Grande teve um ‘boom’ residencial na última década e, após a pandemia, o mercado imobiliário segue aquecido. O números de contratos de compra e venda estão crescendo, indica levantamento do Registro de Imóveis do Brasil, e em comparação com o primeiro semestre, a compra e venda cresceu 4,4%. Conforme os dados divulgados pelo órgão, […]
Mariane Chianezi –
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Campo Grande teve um ‘boom’ residencial na última década e, após a pandemia, o mercado imobiliário segue aquecido. O números de contratos de compra e venda estão crescendo, indica levantamento do Registro de Imóveis do Brasil, e em comparação com o primeiro semestre, a compra e venda cresceu 4,4%.
Conforme os dados divulgados pelo órgão, em seis meses, Campo Grande teve 9.034 imóveis negociados em 2022. Os indicadores da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) mostram que, em 2020, foram 21.617 registros de transferência de imóveis, sendo 15.028 de compra e venda. Já em 2021, de 21.617 relacionados à transferência, 17.118 eram de negociações. Ou seja, no ano passado, do total das transferências, 76,8% eram de compra e venda.
Ainda segundo o Registro de Imóveis do Brasil, a inflação de 5,49% no primeiro semestre deste ano, o aumento nos preços dos imóveis – devido à redução das oportunidades de negociação – e a elevação da taxa de juros de 9,25% para 13,25% afetaram os resultados do mercado imobiliário no país.
Em comparação com os seis primeiros meses de 2021, 14 cidades pela metodologia Fipe registraram queda no índice de compra e venda. As perdas mais acentuadas ocorreram em Recife (-24,2%), Santos (-19,2%), Joinville (-14,8%) e Fortaleza (-13,1%).
Já nos últimos 12 meses, ainda que em desaceleração, a maior parte das cidades acompanhadas pela pesquisa sustentava variações positivas. Além de Campo Grande, são os casos de Fortaleza (+15,5%), Curitiba (+13,4%), São Paulo (+10,4%), Florianópolis (+9,3%) e Campinas (+9,0%). Entre os destaques negativos estão Maringá (-19,6%), Recife (-14%), Joinville (-3,5%) e Santos (-1,1%).
‘Boom’ residencial em Campo Grande
Durante a última década, Campo Grande teve um aumento de 40,51% no número de inscrições residenciais, com quase 100 mil imóveis construídos ao longo dos anos.
Conforme os dados da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano), entre 2012 e 2021, foram 97.199 novas inscrições imobiliárias na Capital. Confira a evolução:
ANO | Inscrições imobiliárias |
2012 | 239.580 |
2013 | 247.816 |
2014 | 263.146 |
2015 | 296.167 |
2016 | 301.505 |
2017 | 319.256 |
2018 | 322.386 |
2019 | 326.635 |
2020 | 330.740 |
2021 | 336.779 |
Fonte: Semadur
O levantamento divulgado pela secretaria mostra que o maior salto de residências aconteceu entre os anos de 2016 e 2017, quando em apenas um ano, foram 17.751 novos imóveis em Campo Grande. Por outro lado, o ano de menor expansão foi entre 2020 e 2021, ano de pandemia.
Negociação de imóveis ‘compactos’
A negociação e construção de imóveis mais ‘compactos’, as quitinetes, por exemplo, tem sido uma grande tendência em Mato Grosso do Sul, principalmente em Campo Grande. Em reportagem anterior, o Midiamax mostrou que a construção e oferta dos imóveis compactos deverão ser ainda mais comuns, pois as moradias vendidas continuaram diminuindo a capacidade de pagamento dos consumidores.
A construção e a venda de imóveis menores, como as quitinetes, passam por um aumento diante da alta no custo das obras, e a tendência é que essa demanda aumente ainda mais em razão da crise econômica.
Conforme havia explicado o presidente da Acomasul (Associação dos Construtores de Mato Grosso do Sul), Diego Canzi Dalastra, o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) registrou um aumento de 30% e a tendência de mercado é que a oferta de imóveis mais compactos aumente.
“Consequentemente, o poder de compra do consumidor não acompanhou essa alta. É uma tendência do mercado para fazer imóveis que caibam no bolso do consumidor, pois como o custo do metro quadrado da área construída subiu, é uma tendência que diminua o tamanho do imóvel comprado”, comenta Dalastra.
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