Chipa, tereré e Pantanal: moradores dizem o que é a cara de MS e sonhos para os próximos 45 anos
Mato Grosso do Sul completa 45 anos desde a divisão do estado e moradores comentam quais os sonhos para os próximos anos
Mariane Chianezi, Ranziel Oliveira –
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Mato Grosso do Sul comemora 45 anos da divisão do estado na terça-feira (11) e, com quase meio século ‘nas costas’, os moradores respondem o que é a cara do Estado e também o que querem para os próximos 45 anos.
Quando se fala no estado pantaneiro, é impossível não falar no tereré. O país todo tomou conhecimento da bebida através da novela Pantanal, que chegou aos últimos capítulos na última semana. José Alves, de 63 anos, diz que a bebida é a identidade do Estado.
“Assim como o chimarrão é para o Rio Grande do Sul, o tereré é para o Mato Grosso do Sul. Não tem como não pensar em melhor identidade. Ah, e a chipa também. A chipa é para MS como o pão de queijo é para Minas”, comenta.
Quando se fala em comida, Maria do Carmo, de 47 anos, diz que o arroz com pequi é a cara do Mato Grosso do Sul. “Quando recebo parentes de fora do Estado, todos ficam curiosos para saber como é [o gosto], é diferente, alguns acabam não gostando, mas é típico daqui”, afirma. Ela, que veio de São Paulo morar em Campo Grande há 23 anos, diz que ama o Estado e que para os próximos anos espera melhor infraestrutura. “Asfalto seria bom. O Estado [governo] poderia contribuir”, disse.
Para o psicólogo Gabriel Dellagrave, de 25 anos, a expectativa para os próximos 45 anos de MS são melhorias de modo geral, incluindo governamental e econômica.
“MS é um estado rico, precisamos de governantes preparados. Precisamos de transparência governamental e acabar com privilégio de algumas indústrias. Isso melhora a competitividade”, afirmou.
À reportagem, Gabriel disse que se vê morando em Mato Grosso do Sul pelos próximos anos e faz planos. “Quero continuar o legado da minha família e construir a minha família”, disse o psicólogo, que também afirmou que o Pantanal e o Bioparque são a cara do Estado.
Asfalto, saúde e educação
Assim como Maria do Carmo, Luciene Barbosa dos Santos, de 27 anos, diz que a identidade suprema de MS é o tereré e quando questionada sobre sonhos, ela diz que deseja melhor infraestrutura no Ramez Tebet.
“Meu sonho para esses próximos anos é ter meu bairro asfaltado. De ponto positivo em MS, vejo os empregos e de negativo, a Saúde, precisa melhorar também”, comenta.
Assim como Gabriel, entrevistado anteriormente, Silvio José também criticou a parte política do Estado. “Faltam princípios, Mato Grosso do Sul está envolvido em falcatruas. É um estado que proporciona o ser humano a mudar. Espero que para os próximos 45 anos as pessoas possam enxergar mais os seres humanos, ter mais humanidade”, opinou.
E diferente dos outros moradores, Silvio diz que a cara de MS é a pecuária, que impulsiona a rica economia.
Vivendo em Campo Grande desde 1979, Norma Bezerra de Freitas, de 65 anos, presenciou a divisão do Estado e além dos elogios, também avalia pontos negativos em Mato Grosso do Sul.
“É muito bom de viver aqui, eu gosto, mas espero que melhore sempre. A Saúde e a Educação, por exemplo”, disse.
Norma afirma estar muito satisfeita quando questionada pela reportagem se tem algum sonho para os próximos anos. “Para mim está tudo bem. Criei minhas filhas e agora vejo elas criarem os meus netos. Graças a Deus”, afirma.
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