Com a nova decisão da prefeitura em expandir horário do para início às 22h a partir de segunda-feira (7), em , a CDL (Câmara dos Dirigentes Lojistas) já sinaliza queda na contratação de funcionários temporários para trabalhar no varejo durante as compras do fim de ano. O decreto foi publicado na tarde desta sexta-feira (4).

Conforme o presidente da CDL municipal, Adelaido Vila, alguns associados já reclamam que a redução no horário de funcionamento deve influenciar no faturamento em caixa, e consequentemente, impossibilitando empresários de investir no aumento das equipes.

“Pessoas que iam contratar agora, já não vão mais. A medida vai ter validade de 14 dias, influenciando nas compras de fim de ano. Por exemplo, bares e restaurantes, em que o funcionário usa o transporte coletivo, o empresário terá que dispensar ele por volta das 21 horas, ou seja, não terá outra necessidade de contratar mais gente”, explica.

O representante da entidade ressalta que para a medida ter validade, a deve aumentar nos locais que costumam gerar grande aglomeração.

“Durante esses meses, vimos comerciantes preocupados, sempre aderindo as medidas de biossegurança. O que aumentou casos foram festas, aglomerações. Durante essa restrição, espero que haja mais fiscalização nesses lugares e não só da Guarda Municipal. Com a redução, aumenta o delivery, a circulação de motoentregadores, aumentando acidentes. Vimos que o setor de ortopedia da Santa Casa está lotado. Por isso esperamos maior fiscalização das autoridades. ”

O comércio no geral (atacado e varejo) poderá funcionar das 8 horas às 21 horas, com limite de ocupação em 40% – delivery segue liberado. Atualmente, a regra válida é 50% do total da capacidade. O horário tinha sido ampliado, para atender demanda de compras no fim do ano. Já os shoppings funcionam até 22 horas. O toque de recolher passará da meia-noite para 22 horas e seguirá até 5 horas.

Após a publicação do decreto oficializando as medidas, a CDL emitiu nota de repúdio a respeito da decisão, confira abaixo:

Os varejistas campo-grandenses repudiam a forma desrespeitosa com que o Secretário Estadual de Saúde, , vem tratando o setor produtivo da cidade, chegando ao ponto de, em reunião, interromper falas e desmerecer a presença dos representantes do setor.

Desde o princípio da pandemia, o varejo tem contribuído para evitar que o vírus se espalhe, seguindo rígidas medidas de biossegurança e sofrendo duras restrições, que atingiram diretamente a vida das pessoas, causando fechamentos de empresas e desemprego.

Já da parte do secretário, o que se vê é apenas a semeadura do caos, em apelos dramáticos e midiáticos pelo fechamento do comércio, ao mesmo tempo em que manda mensagens ambíguas de que está tudo bem, com a não utilização e posterior fechamento dos hospitais de campanha.

Ora, se os hospitais de campanha não foram sequer utilizados e já foram até desmontados, isso significa, aos olhos da população, que o pior já passou, que a situação já melhorou.

Além disso, há uma má gestão na saúde pública estadual, sobrecarregando Campo Grande, na medida em que 30% dos leitos são ocupados por pessoas vindas de outras cidades, dando a impressão de que a capital tem poucos leitos, quando na verdade eles são compartilhados com outros municípios que não sofrem a mesma pressão que Campo Grande.

O senhor secretário afirma que estamos em trincheiras opostas, se colocando como inimigo dos varejistas, quando deveria estar preocupado em salvar todas as vidas, em agregar, em proteger, em prestar um serviço público de excelência, isso porque o digníssimo secretário é parlamentar licenciado.

Lamentamos o fato de o mesmo sequer ajudar na fiscalização, por meio do acionamento das forças policiais do Estado, contra festas e eventos clandestinos, esses sim, disseminadores do vírus.

Sendo assim, repudiamos a postura do secretário Geraldo Resende e esperamos que o mesmo se retrate com o setor produtivo campo-grandense, que é quem garante a vida para a cidade.