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Há muito, a assumiu forte papel influenciador em diversas áreas do conhecimento e comportamentais e não está sendo diferente com relação ao hábito de leitura das crianças e adolescentes.

 Uma das questões levantadas é com relação à influência dos youtubers no hábito de leitura desse público infanto-juvenil, principalmente os receptores de seus vídeos e posteriores consumidores de suas obras editoriais.

 No Câmpus do (Cpan), a professora do curso de Letras Carina Marques Duarte coordena a pesquisa “A massificação da literatura infantil concomitante ao avanço das mídias digitais, avanços e retrocessos”, da qual participa a acadêmica Emília Souza Arrua, idealizadora do projeto de iniciação científica.

 “O projeto surgiu a partir uma grande reflexão realizada após a leitura do livro “A aventura do livro do leitor ao navegador” (1998), de Roger Chartier. Desde a publicação desta obra o cenário global passou por inúmeras mudanças, nem sempre positivas. Em um mundo “conectado”, a facilidade de acesso à informação e à diversidade de conteúdos disponíveis não avaliza a qualidade dos referidos conteúdos”, explica Carina.

 Iniciada em agosto de 2019, a pesquisa baseou-se na aplicação de questionários a 20 crianças de uma escola pública e 20 crianças de uma escola particular de Corumbá. O projeto teve o apoio das coordenações pedagógicas das escolas.

 A proposta é que os questionamentos apontem se as crianças têm o hábito da leitura, que obras costumam ler e se acessam os conteúdos digitais, especialmente aqueles produzidos por youtubers. Atualmente, a pesquisa está na fase de observação dos dados obtidos nos questionários e elaboração do database.

 “Já é possível a constatação de alguns resultados, que, por sua vez, acarretaram grandes surpresas após a análise dos questionários. Em suma, foi constatado que os alunos da rede estadual leem mais livros clássicos que os alunos da rede privada, além de demonstrarem maior interesse pela leitura”, expõe a coordenadora.