Aulas nas escolas municipais de Campo Grande não têm previsão de retorno, diz secretária

Aulas nas escolas municipais de Campo Grande devem demorar a voltar, segundo secretário, por dificuldades na estrutura e mão-de-obra da Reme.

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A secretária de Educação de Campo Grande, Elza Fernandes, afirmou nesta quarta-feira (10) que não há previsão de volta das aulas nas escolas municipais. A suspensão presencial foi estendida até 30 de junho e, enquanto isso, atividades virtuais e na TV foram adotadas.

“Se tomarmos a decisão de voltar, o município precisa dar todo equipamento de segurança individual para todos. Nós não temos espaços adequados para fazer distanciamento, não temos áreas ao ar livre”, explicou.

Além disso, segundo a titular, não há concordância em retorno gradativo dos alunos. Atualmente, são quase 110 mil na Reme (Rede Municipal de Ensino) com aulas online e na TV.

Outro fator são os profissionais que, por ventura, integram grupo de risco para o coronavírus e não poderiam voltar.

Junto com a representante da educação pública, participa de audiência na Câmara Municipal nesta quarta, o representante do Sinepe-MS (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de Mato Grosso do Sul), Hudson Cruz Ortiz.

Ainda segundo a secretária de Educação, mesmo com estrutura física suficiente, seria preciso levar em conta que muitos alunos têm contato com pessoas do grupo de risco.

“O plano de biossegurança é complexo e precisa ser levado à risca. Mesmo assim, não podemos dar 100% de segurança que não vai haver contaminação”.

Aulas nas escolas municipais serão repostas

A previsão é de que, quando as aulas presenciais forem retomadas, 14 dias letivos sejam repostos. E o número se refere aos dias de suspensão quando as atividades ainda não tinham sido enviadas para os pais repassarem aos filhos, já excluindo as férias escolares antecipadas.

Sobre o fechamento do bimestre, a secretária explicou que não é a preocupação no momento: “Se fizéssemos agora, não seria real. Tem alunos de escola do campo que só tiveram acesso ao caderno impresso, agora é que vai chegar conteúdo pela TV”.

Portanto, no retorno às ações presenciais, as escolas farão uma avaliação para chegar a um diagnóstico, e ‘pensar no fechamento do bimestre destes alunos’.

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