Estudo prevê mais 2 mil casos confirmados de coronavírus na Capital e queda só em julho

A UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) divulgou hoje (30) um modelo matemático sobre a previsão de notificações de coronavírus em Campo Grande. O estudo aponta que a Capital pode atingir mais de 2 mil infectados e ponto de inflexão apenas no mês de julho. O estudo foi pedido pela Sesau (Secretaria Municipal […]

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A UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) divulgou hoje (30) um modelo matemático sobre a previsão de notificações de coronavírus em Campo Grande. O estudo aponta que a Capital pode atingir mais de 2 mil infectados e ponto de inflexão apenas no mês de julho.

O estudo foi pedido pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), e feito pelos professores Erlandson Saraiva, do Instituto de Matemática, e Leandro Sauer da Escola de Administração e Negócios. Os docentes desenvolveram o modelo com base nas atualizações dos boletins epidemiológicos, utilizando o modelo Gompertz.

Conforme o modelo, a partir do primeiro caso registro e até ontem (29), o valor máximo será de 2.960 pessoas infectadas na Capital. Além disso, o ponto de inflexão seria no dia 21 de julho.
“A cada novo registro de casos, o modelo é atualizado. Se o número de pessoas infectadas aumenta, então as estimativas para o máximo também irão aumentar, assim como o ponto de inflexão. Por outro lado, se diminuir a quantidade de notificações, devido por exemplo, a ações do governo, teremos uma estimativa menor para o máximo e o ponto de inflexão ficará mais próximo da data atual”, disse Saraiva.

Os pesquisadores ressaltaram que se o isolamento social fosse mantido como estava há 10 dias, o número de notificações poderia ser menor. Para eles, o ideal seria de manter a quarentena por mais duas semanas, caso contrário, a taxa deve aumentar nos próximos dias.

Estudo prevê mais 2 mil casos confirmados de coronavírus na Capital e queda só em julho“Há que se considerar que nos dias 24 e 25 de abril foram registradas 12 e 10 notificações, respectivamente. Esses são valores atípicos, já que a média está entre três a quatro casos. Se retirássemos esses dois dias, a estimativa iria para 349 casos e o ponto de mudança é o dia 50, ou seja, 2 de maio. Por isso, vamos ter de aguardar uma semana para saber se foi algo atípico ou se esse aumento é uma tendência e, nesse caso, acende-se o sinal vermelho”, explica Sauer.

A simulação também levantou o comportamento dos últimos dados, ou seja, é previsto que nos próximos 10 dias será um aumento entre 25% a 75% na taxa de notificação na cidade. “Se houver um aumento da taxa de notificação, maior é o risco de termos um colapso do sistema de saúde, pois teremos um crescimento exponencial do número de casos. Estes resultados reforçam a importância das medidas de isolamento”, reforçam os professores.

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