Duas semanas após incêndio, mau cheiro no Atacadão atrai ratos e leva vizinhos para hotel
Cerca de duas semanas depois do incêndio que consumiu o Atacadão, na Avenida Duque de Caxias, em Campo Grande, máquinas e operários trabalham na remoção do material queimado. Há quase uma semana, moradores sofrem com o mau cheiro que vem das comidas que estavam no mercado, além da aglomeração de moscas e ratos. Fazer uma […]
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Cerca de duas semanas depois do incêndio que consumiu o Atacadão, na Avenida Duque de Caxias, em Campo Grande, máquinas e operários trabalham na remoção do material queimado. Há quase uma semana, moradores sofrem com o mau cheiro que vem das comidas que estavam no mercado, além da aglomeração de moscas e ratos. Fazer uma simples refeição tem sido motivo de falta de sono para os vizinhos.
Com a sua residência situada aos fundos do mercado, Marli Machado, de 62 anos, relata que o cheiro é de carne podre, ficando mais intenso quando as máquinas trabalham. Para conviver com a situação, ela deixa a casa totalmente fechada, 24 horas por dia, tornando uma tarefa simples com fazer uma refeição, ser uma missão a base de ventilador e com casa lacrada.
Mesmo com as dificuldades, o que a deixa mais preocupada e a condição de saúde dela e de sua mãe, de 82 anos. “Minha mãe é idosa, temos medo de desenvolver algum problema por conta do mau cheiro”, disse ela.
Diante da situação, a rede atacadista ofereceu hospedagem em hotel para os vizinhos que sofrem com o mau cheiro no local. Marli aceitou e vai sair de casa pelos próximos dias.
“Desde semana passada está assim, um cheiro de carniça é complicado”, disse Luiz Antônio, de 45 anos. Segundo ele, os problemas com o mercado não são de agora e só foram intensificados. “Vinha ratazanas de lá, com a movimentação de veículos pesados apareceram rachaduras na minha casa, fora as vezes que os caminhões estacionavam na minha garagem e ainda achavam ruim quando pedia para tirar”.
O vizinhos explica que a rotina com o mau cheiro é de casa fechada, com ar condicionado e ventilador ligado o tempo todo para afastar as moscas. Segundo ele, um funcionário do atacadista também entrou em contato e ofereceu a hospedagem, o que não resolve a sua situação. “Faço parte do grupo de risco, sou diabético, não vou sair da minha casa para ficar em um hotel, correndo risco com outras pessoas, quero que resolvam o problema”, explicou.
Um representante do mercado informou os vizinhos que devem ser necessários de 2 a 3 dias para limpar todos os alimentos que causam o mau cheiro.
Para quem vive em residencial ao lado do supermercado a reclamação também se repete. “Aguentei esse cheiro por uma semana, vou para o hotel”, disse Altair Nogueira, de 55 anos, informando que já havia ido para o hotel por conta da fumaça, voltou para casa após o incêndio e solicitou novamente a hospedagem ao representante do Atacadão, devido o cheiro estar insuportável.
Em resposta ao Jornal Midiamax, o Atacadão afirmou que lamenta a situação e que neutralizador de odores foi aplicado para diminuir o mau cheiro no local. “A rede lamenta os transtornos causados aos moradores da região e informa que reforçou os procedimentos de segurança e higiene no local. Todos os resíduos estão sendo retirados, além disso, aplicamos um neutralizador de odores e instalamos armadilhas para captura de moscas. O Atacadão ressalta seu compromisso com o bem estar de todos”, disse a rede.
Confira como estão os trabalhos no local:
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