‘Diabo de poeira’: redemoinho destruiu barracos e famílias pedem ajuda em Campo Grande
Casas foram destelhadas com a força do redemoinho registrado nessa segunda-feira, no bairro Jardim Noroeste, em Campo Grande.
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Alguns chamam de pé-de-vento, torvelinho ou até mesmo ‘diabo de poeira’, mas o fato é que o redemoinho registrado nessa segunda-feira (14), no Jardim Noroeste, causou estragos para duas famílias, que tiveram as casas destelhadas.
A reportagem do Jornal Midiamax esteve nas casas atingidas e constatou a força do fenômeno. Na casa de Fátima Toledo, 54 anos, além de arrancar algumas telhas, a força do redemoinho deixou um rastro de destruição. “Até agora estou impactada. Eu olho e não consigo acreditar”, lamenta e exibe uma tampa de panela que ficou amassada.
O susto foi grande, mas Fátima agradece por não ter acontecido algo pior com a neta de 10 anos que mora com ela. “Ainda bem que a gente conseguiu sair, porque isso [a casa] a gente constrói, agora a vida não dá, né? ”. Com ajuda de vizinhos, Fátima improvisou uma lona para tapar o vazio deixado pelas telhas.
Mais prejuízo
A outra casa atingida pelo ‘diabo de poeira’ foi a de Juliana Monike da Silva, 27, que teve metade do telhado levado pela força do redemoinho. Ela conta que estava no trabalho, quando vizinhos ligaram para contar o ocorrido.
“Não acreditei, porque como ia acontecer isso se nem estava ventando na hora? ”, indagou Juliana
Ela tem dois filhos – de 5 e 4 anos – e agradece por estarem todos bem. “Graças a Deus meus filhos não estavam em casa e não destruiu geladeira nem fogão”, disse. Juliana ainda não conseguiu uma lona para tampar o buraco no telhado e dormiu sem cobertura esta noite. Seus filhos dormiram em um vizinho, pois ela estava com medo de que pudesse haver um desabamento.
Provenientes da Favela do Linhão, Fátima e Juliana pedem ajuda para reconstruir o que foi destruído. Além de tijolos, madeira e telhas, elas pedem fios, pois foram arrebentados com a força do redemoinho. Para realizar o serviço elas contam com a solidariedade do vizinho Fernando Soares, que é pedreiro e se prontificou em ajudar.
Quem quiser pode ajudar com doação de materiais para Fátima e Juliana reconstruírem suas casas. Basta entrar em contato com elas: Juliana (99293-3172) e Fátima (99355-2675).
O que é o fenômeno?
Em uma semana, a reportagem do Jornal Midiamax publicou dois registros desses redemoinhos em Campo Grande. O mais recente, nessa segunda-feira (14), destelhou duas casas no Jardim Noroeste. Outro, na quinta-feira (10), foi registrado no Ceasa e, apesar de não causar estragos, intrigou trabalhadores.
O meteorologista do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), Olívio Bahia, explica que as condições registradas nessa época do ano favorecem o aparecimento desses redemoinhos. “Esse tipo de fenômeno é bem comum nessa época do ano. Assim, é provocado pelo forte aquecimento da superfície, que ao aquecer de forma diferente, gera pressão mais baixa. Essa condição faz com que o ar suba. Em alguns momentos em forma de espiral. Ela pode ser bem forte, nada absurdo, mas se passar ao lado de casas pode destelhar, explica.
Para não confundir: redemoinho de poeira como os registrados em Campo Grande são diferentes de tornados, em que “a nuvem funil sai da base da nuvem para o chão”. Já no redemoinho, o ar de baixo sobe e forma a espiral.
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