A convocada pelo MBL-MS (Movimento Brasil Livre de MS) para esta sexta-feira (21) deve ser concluída com um ato em frente ao prédio do MPF (Ministério Público Federal), na Avenida Afonso Pena. Desde 2015, o local foi adotado como palco de manifestações pró-Bolsonaro e em defesa da Lava-Jato.

Carreata contra disparada no preço da gasolina com ICMS de Reinaldo terminará no MPF
Foto: Reprodução | Facebook

Segundo a organização, a concentração para a carreata terá início às 17h, atrás do Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. A partir das 18h, o grupo seguirá pela Avenida Afonso Pena até o MPF, onde ocorrerá a dispersão dos veículos, seguido do ato.

“Os manifestantes devem estacionar e descer dos carros. Lá a gente vai cantar o Hino Nacional, como tem feito sempre. Será algo bem pacífico e ordeiro”, conta o representante do MBL-MS, Lucas dos Santos. Segundo ele, a expectativa inicial é de que 20 a 30 veículos participem da carreata, mas há possibilidade de que as adesões cresçam.

“Queremos que todos participem. Estamos dialogando com várias organizações, como os motoristas de aplicativo, caminhoneiros, freteiros, com as pessoas que são afetadas mais diretamente pelo aumento do combustível. Então, há uma expectativa de que o número de participações seja maior”, declarou.

A carreata tem objetivo de ser um segundo ato contra o aumento do (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) da gasolina, determinado pelo governador (PSDB). O primeiro foi manifestação ocorrida no domingo (16), da qual cerca de 50 pessoas participaram.

Entre os participantes, e aproveitando o gancho do Carnaval, a manifestação também contará com pessoas fantasiadas de super-heróis. “São voluntários que vão fantasiados, os ‘Heróis contra o Aumento', até para mostrar que o movimento é ordeiro e familiar, sem quebra-quebra”, completa Santos.

Ao Jornal Midiamax, o MBL-MS destacou que, ao longo da semana, procurou parlamentares de MS para entender posicionamentos relacionados aos votos que resultaram no aumento do ICMS da gasolina. Segundo o grupo, entre seis e oito deputados estaduais já foram acionados.

“Até a semana que vem vamos aumentar essa articulação. Até o momento, conversamos com quem foi contra o aumento. Em breve, a gente vai expor o que nos foi esclarecido. Mas, ainda estamos conversando.

ICMS da Gasolina

Neste mês, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já havia “desafiado” os governadores a zerarem o ICMS da gasolina. Porém, Reinaldo Azambuja (PSDB) não só ignorou a proposta como manteve o aumento da alíquota para 30%, previsto em lei aprovada e sancionada em novembro.

A ideia era aumentar o ICMS da gasolina para fomentar o uso do etanol, que cuja taxação sofreu redução. Porém, ainda assim, recorrer ao combustível alternativo não compensou e a gasolina – já encontrada a mais de R$ 5 – ainda é mais viável para abastecimento dos veículos.