Cerca de 50 pessoas se reuniram no fim da tarde deste domingo (16) na Avenida Afonso Pena, em frente ao MPF (Ministério Público Federal), para se manifestarem contra as mudanças na alíquota do (Imposto Sobre Comercialização de Mercadorias e Serviços) da gasolina, que resultou em aumento do preço do combustível.

A manifestação foi convocada nas redes sociais pelos grupos MBL-MS (Movimento Brasil Livre de MS), Nas Ruas de CG e Chega de Impostos, que entendem que a decisão de aumentar a alíquota da gasolina vai na contramão. Integrantes do partido NOVO também estão no local e voluntário do Aliança Pelo Brasil, partido fundado por Bolsonaro, coleta assinaturas.

Manifestantes ocupam frente do MPF contra aumento da alíquota do combustível de Reinaldo
Foto: Divulgação | MBL-MS

A reivindicação do grupo é pelo retorno da alíquota do ICMS da gasolina ao patamar de 25%, como era antes. “Muitas pessoas estão insatisfeitas. É um consenso. O que queremos, então, é que o movimento cresça para que pressionamos o retorno do imposto para os 25% e que a partir daí se ache meios de cortar custos, privilégios e gastos que permitam diminuir para os 20% o ICMS da gasolina, assim como o do etanol”, destacou Lucas dos Santos, de 21 anos, porta-voz do MBL-MS.

Segundo ele, a próxima semana será marcada por muita movimentação nas redes sociais e há intensão de se puxar uma carreata no fim de semana, sexta ou sábado.

“Se a gente se mobilizar, podemos conseguir isso. Nesta semana vamos fazer uma ‘ofensiva do bem' na Assembleia Legislativa para conversar com todos os deputados, porque é possível que quando eles tenham votado pelo aumento, não tenham entendido que o resultado seria esse”, declarou o manifestante.

ICMS da Gasolina

Neste mês, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já havia “desafiado” os governadores a zerarem o ICMS da gasolina. Porém, (PSDB) não só ignorou a proposta como manteve o aumento da alíquota para 30%, previsto em lei aprovada e sancionada em novembro.

A ideia era aumentar o ICMS da gasolina para fomentar o uso do etanol, que cuja taxação sofreu redução. Porém, ainda assim, recorrer ao combustível alternativo não compensou e a gasolina – já encontrada a mais de R$ 5 – ainda é mais viável para abastecimento dos veículos.