Com decretos, famílias circenses ficam ‘presas’ no interior de MS e temem corte de água e luz
Com as medidas de contenção do coronavírus, decretadas em Mato Grosso do Sul, famílias que trabalham em circos itinerantes se preocupam com o período de quarentena. Com a proibição dos espetáculos, devido as aglomerações, os circenses perdem a única forma de renda que possuem. Atualmente em Porto Murtinho, o circo Astros conta com cinco famílias, […]
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Com as medidas de contenção do coronavírus, decretadas em Mato Grosso do Sul, famílias que trabalham em circos itinerantes se preocupam com o período de quarentena. Com a proibição dos espetáculos, devido as aglomerações, os circenses perdem a única forma de renda que possuem.
Atualmente em Porto Murtinho, o circo Astros conta com cinco famílias, que totalizam 12 adultos e três crianças. Além da medida de contenção que proíbe eventos com aglomerações, no município foi decretado toque de recolher.
O responsável pelo circo, Tarciso Borges, comenta que a maior preocupação é o corte de energia e água do local em que estão instalados. “A energia eles já vieram cortar hoje, tive que pedir para não cortarem e esperarem até segunda-feira (23), mas segunda eu acredito que eles cortem de verdade”, conta.
Tarciso diz que a previsão era sair da cidade no dia 17 de março, mas com os decretos tiveram que desmontar a estrutura do circo antes do previsto. Com a voz trêmula, o circense lamenta a temporada de espetáculos interrompida. “As outras cidades que programamos de parar com o circo também estão com decretos e nenhuma quis liberar para gente se fixar, então temos que ficar aqui mesmo”.
O circo enviou uma solicitação a Secretaria Municipal de Assistência Social de Porto Murtinho, para que a energia e água não fossem cortadas. Segundo o responsável pelas famílias, até o momento da publicação desta reportagem, não houve nenhum retorno da prefeitura.
Preocupado com a falta de água e luz para as famílias, Tarciso se mostra preocupado com a recepção em outras cidades, caso sejam forçados a se locomoverem. “Temos medo até de chegar a ir para outras cidades e receber represálias da população, que pode ter medo da gente estar com esse vírus, por chegar de outra cidade”, admite.
Com três crianças que dependem das famílias, o circense comenta que se mantém informado para tentar pensar no futuro próximo, mas não obtém muito sucesso. “Meus funcionários até me perguntam o que vamos fazer, mas eu não sei o que dizer para eles, não sei como vai ser a situação nos próximos dias”.
Ao Jornal Midiamax, o ator global e circense Marcos Frota fez um pedido aos prefeitos. “Prefeitos e prefeitas, considerando o grave momento em que vivemos, a concessão do terreno, da água e da luz, pode significar a sobrevivência das famílias que moram e trabalham nos circos”.
Outros dois circos estão na mesma situação em território sul-mato-grossense. O circo Hermanos Rodriguez, em Glória de Dourados, e o circo Family, em Sanga Puitã.
Para qualquer tipo de doação, entre em contato pelo telefone (44) 9948-7373.
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