Bloqueio na fronteira de MS chega ao 3º dia sem resposta do Governo da Bolívia sobre hospital

Comitê cívico de Puerto Suárez promete manter a Estrada Bioceânica fechada até ter uma resposta sobre o Hospital San Juan de Dios.

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Chegou ao terceiro dia nesta sexta-feira (10) o bloqueio da Estrada Bioceânica, em Puerto Suárez, na Bolívia, próximo à fronteira com Corumbá –a 419 km de Campo Grande. O protesto do comitê cívico local, exigindo melhorias em um hospital da região, já provoca filas de veículos de carga entre os dois países.

A fronteira entre Brasil e Bolívia está fechada por conta da pandemia do novo coronavírus, contudo, o tráfego de veículos de carga foi autorizado a fim de evitar desabastecimento. Contudo, com o protestos, esses não conseguem entrar na Bolívia e aguardam fora das transportadoras da cidade, conforme relatou o Diário Corumbaense.

Humberto Miglino Rau, presidente do comitê cívico de Puerto Suárez, disse que o protesto iniciado na quarta-feira (8) vai continuar porque não houve posição sobre as reivindicações –foi realizada apenas uma reunião com representantes do Ministerio da Saúde, sem autonomia para resolver o impasse envolvendo o hospital San Juan de Dios, na cidade.

Comitê cívico de Puerto Suárez promete manter a Estrada Bioceânica fechada até ter uma resposta sobre o Hospital San Juan de Dios
Fila persiste dentro da Bolívia. (Foto: Diário Corumbaense)

A unidade de Saúde está pronta há cerca de 10 anos, porém, ainda aguarda equipamentos para ser plenamente funcional. A situação se agravou com a pandemia de coronavírus, já que, em território boliviano, o hospital mais preparado para atender a população da região está em Santa Cruz de la Sierra, a 600 km de distância.

O San Juan de Dios é um hospital de segundo nível e atende aos 25 mil habitantes de Puerto Suárez e também de cidades vizinhas, como Puerto Quijarro, Roboré, Carmen Rivero Tórrez e outras da província de German Busch. Moradores da região costumavam buscar ajuda na Saúde de Corumbá, mas, com a pandemia, a entrada no Brasil é proibida –muitos ainda se arriscam à travessia clandestina.

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