Após denúncia de aglomeração, bar de Campo Grande faz apelo para clientes seguirem regras
O relaxamento de regras restritivas em estabelecimentos comerciais de Campo Grande provocaram uma maior procura por serviços como bares e restaurantes. Aos poucos, com garantia de seguimento de regras de biossegurança, a cidade parece retomar ritmo normal, muito embora a pandemia do novo coronavírus siga em pleno vapor, ainda sem alcançar, na Capital, queda nos […]
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O relaxamento de regras restritivas em estabelecimentos comerciais de Campo Grande provocaram uma maior procura por serviços como bares e restaurantes. Aos poucos, com garantia de seguimento de regras de biossegurança, a cidade parece retomar ritmo normal, muito embora a pandemia do novo coronavírus siga em pleno vapor, ainda sem alcançar, na Capital, queda nos indicadores.
O problema é que, para muita gente, o pior já passou e, com isso, entendem equivocadamente que respeitar distanciamento social e manter o uso de máscaras já não é necessário. Este mal hábito já culminou “segundas ondas” da doença em diversos países da Europa, como Alemanha e França, onde o coronavírus tinha sido contido.
Esse é o pesadelo de muito empresários de Campo Grande, que se tornam alvo de denúncias quando os próprios clientes ignoram as rotinas de cuidado. Neste sábado (19), o Jornal Midiamax recebeu denúncia de aglomeração ocorrida na última sexta-feira (18) em um bar localizado no Centro de Campo Grande: as imagens comprovam que ocorreu desrespeito às regras de biossegurança, com registro de várias pessoas em pé e muito próximas umas das outras, sem máscara de proteção.
Procurado pela reportagem, o proprietário do bar, Marcos Siliano, confirmou as imagens. Ele explica que, de fato, a aglomeração ocorreu e que tão logo a situação irregular foi constatado, agiu para dispersar os clientes. Segundo ele, desde que retornaram às atividades, todas as medidas restritivas decretadas são cumpridas no local.
“Investimos em tudo! Reduzimos o número de funcionários, aferimos temperatura de quem chega, pedimos para usarem máscaras quando entram e quando levantam das mesas. Mas não dá para controlar todo mundo, ou colocar segurança em cada uma [das mesas]”, destaca Siliano.
Na noite desta sexta-feira, um aniversário com 30 pessoas (cinco mesas com seis pessoas, em cada) foi o motivo da aglomeração, justamente em área aberta recém-liberada ao público, onde clientes podem usar arguiles.
“Nós disponibilizamos piteiras descartáveis, álcool em gel e higienização dos equipamentos, seguindo todas as regras e orientações. Mas, quando você tira o olho, as pessoas estão em pé. E foi pedido diversas vezes para se sentarem. Algumas até foram retiradas do local. Muitas disseram que ‘o bar não respeita o cliente’. Não! É o cliente que não respeita as normas, que não tem cuidado”, aponta o empresário.
Apelo
Para Siliano, reconhecer à reportagem que houve momentaneamente irregularidade também é oportunidade de fazer apelo aos clientes para colaborarem. Ele destaca, por exemplo, que seu empreendimento é seguro, com cerca de mil metros quadrados e capacidade para quase 400 clientes. Porém, apenas cerca de 190 estariam sendo atendidos durante o expediente.
O ambiente criada para as crianças está fechado e só será reaberto quando a pandemia acabar de vez. Siliano garante que segue as regras, que tem conversas frequentes em busca de orientação junto à Semadur (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano) e que entende a importância do respeito às regras.
“Hoje, eu tenho 40 funcionários, sendo que 25 foram demitidos. A gente ficou 100 dias fechados. No primeiro dia de reabertura, tivemos somente um segurança, dois atendentes na portaria medindo temperatura e explicando como tudo deveria acontecer lá dentro”, explica. “Esse esforço todo é em vão se as pessoas não fizerem a parte dela”, acrescenta.
Mudanças
No início deste mês, dia primeiro, decreto municipal liberou até quatro artistas para música ao vivo nesses locais, como bares e restaurantes. Assim como a continuidade para funcionarem com até 50% da capacidade de lotação até o horário permitido.
Já nesta última semana, a Prefeitura informou mais mudanças: a partir de quarta-feira (16), o Toque de Recolher passa a ser da meia-noite às 5 horas, durante 15 dias. Inclusive, em edição extra do Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande) de segunda-feira (14), o município autorizou regras para o retorno de festas e eventos, com máxima também de 50% da capacidade. A autorização, no entanto, valerá a partir do dia 28 de setembro.
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