O caso de violência sexual sofrido por Mariana Ferrer tomou grandes proporções nas redes sociais e nesta semana, ganhou um novo capítulo após a vítima ter sido humilhada por advogado de defesa do acusado e ele ser absolvido do crime de estupro de vulnerável. Muitos internautas se preocuparam com as condições psicológicas da jovem após o ocorrido e questionaram como funciona o atendimento para essas vítimas.

Em Mato Grosso do Sul as vítimas de crimes sexuais são amparadas e recebem toda a assistência necessária, tanto da polícia, quanto o atendimento médico e psicológico. Conforme a Subsecretaria de Políticas Públicas para Mulheres, as vítimas acolhidas contam com uma rede de atendimento onde conseguem buscar ajuda e amparo.

Somente neste ano, 374 vítimas foram estupradas em e a polícia recebeu denúncias de 1.330 casos em MS. O número é menor quando comparado com o mesmo período do ano passado, quando 538 vítimas foram violadas e 1.696 denunciaram a violência no estado.

A subsecretaria explica que, ao sofrer o abuso, a vítima é submetida ao exame de corpo de delito, para poder ser realizado a coleta de provas e vestígios do crime ou são encaminhadas para um hospital, ou unidade de saúde da cidade, para detectar e tratar possíveis doenças e infecções.

Além disso, a subsecretaria explica que a mulher vítima de estupro ainda está sujeita a uma gravidez indesejada e, diante disso, ela passa por uma observação na unidade de saúde para passar pelo tratamento.

Em Mato Grosso do Sul, o HU () é referência no acolhimento das vítimas, onde são auxiliadas no tratamento e recebem o apoio psicológico. Em Campo Grande existe o CEAM (Centro Especializado de Atendimento à Mulher) oferece, gratuitamente, apoio psicológico a mulheres.

No interior, as vítimas de violência são atendidas gratuitamente nos centros. As cidades que não dispõem deste setor especializado, são oferecidos os atendimentos nos (Centro de Assistência Social). Os serviços desenvolvidos pela Saúde pública podem ser acessadas em cartilha desenvolvida pela subsecretaria.

Vale lembrar que, além da Capital, outras cidades do interior contam com a Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher, a lista pode ser conferida aqui. Caso contrário, qualquer delegacia pode ser acionada para denúncia ou ligue no 180 ou 190.