Com lucro de R$ 12,2 milhões ao ano, Consórcio usa aumento na tarifa para negar reajuste aos motoristas

Depois da primeira rodada de conciliação no TRT-MS (Tribunal Regional do Trabalho) ter terminado sem acordo, o diretor-presidente do Consórcio Guaicurus, João Rezende, voltou a usar o ‘risco’ de aumento no valor da tarifa como argumento para negar reajuste salarial aos motoristas de ônibus em Campo Grande. Os empresários ganharam o contrato de concessão do […]

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Diretor-presidente do Consórcio Guaicurus
Diretor-presidente do Consórcio Guaicurus

Depois da primeira rodada de conciliação no TRT-MS (Tribunal Regional do Trabalho) ter terminado sem acordo, o diretor-presidente do Consórcio Guaicurus, João Rezende, voltou a usar o ‘risco’ de aumento no valor da tarifa como argumento para negar reajuste salarial aos motoristas de ônibus em Campo Grande.

Os empresários ganharam o contrato de concessão do transporte coletivo urbano de Campo Grande em 2012, no último mês do último mandato de Nelson Trad Filho como prefeito, e lucraram R$ 12,2 milhões em 2018, conforme informações contábeis que forneceram à Justiça.

Mesmo assim, na primeira negociação nesta segunda-feira (9), a categoria pediu reajuste de 13% e as empresas ofereceram apenas 2,55%. Rezende acredita que a negociação deverá ser definida na segunda rodada, nesta terça. O empresário fez questão de ‘alertar’ que, dependendo do acordo, o valor pode influenciar no “passe”.

João Rezende ainda usou outra tática que tem sido comum ao Consórcio: jogou a responsabilidade toda para a Prefeitura Municipal de Campo Grande. “O Consórcio é apenas um administrador do serviço, que determina o reajuste é a Agereg que faz apenas o cálculo tarifário e dentro dos componentes para fazer o cálculo”, disse.

A segunda rodada da conciliação no TRT-MS poderá ter um representante da prefeitura para acompanhar as negociações.

Questionado sobre as demissões dos dois funcionários na última sexta-feira (6), Rezende evitou o assunto. “Eu não gostaria de comentar sobre as demissões, até porque contratações e demissões não são rotineiras, mas elas acontecem. E no momento de grande estresse nos termos que ter calma, não gostaria de fazer relações com as demissões”, comentou.

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