Confira a lista: Governo Estadual fecha 5 escolas e entrega 8 para prefeituras

A SED (Secretaria de Estado de Educação) divulgou nesta sexta-feira (29) a lista de escolas fechadas em Mato Grosso do Sul. Ao todo, são 13 escolas ‘reordenadas’, sendo que cinco delas encerram as atividades e 8 passam a ser municipais, ou seja, deixam de oferecer o ensino médio. A secretária Maria Cecília Amêndola da Motta […]

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Escola no Jardim Flamboyant será fechada e está com placas de luto. (Leonardo de França | Midiamax)
Escola no Jardim Flamboyant será fechada e está com placas de luto. (Leonardo de França | Midiamax)

A SED (Secretaria de Estado de Educação) divulgou nesta sexta-feira (29) a lista de escolas fechadas em Mato Grosso do Sul. Ao todo, são 13 escolas ‘reordenadas’, sendo que cinco delas encerram as atividades e 8 passam a ser municipais, ou seja, deixam de oferecer o ensino médio.

A secretária Maria Cecília Amêndola da Motta explica que o reordenamento de escolas deve continuar nos próximos anos e que a justificativa é de que o Governo quer mais escolas de tempo integral. Ela explica que a escolha das escolas que deveriam fechar não foi aleatória e que uma empresa foi contratada para fazer um estudo sobre quais poderiam ser fechadas ou municipalizadas.

Confira a lista: Governo Estadual fecha 5 escolas e entrega 8 para prefeituras
Secretária diz que novas escolas devem fechar nos próximos anos. /Foto: Ana Palma

O Estado tem atualmente 62 escolas de tempo integral: 29 de ensino fundamental e 33 de ensino médio. De acordo com a secretária de educação, mais 14 escolas de ensino médio e duas de fundamental devem abrir no início de 2020.

“O reordenamento é questão de logística, para que possamos investir em escolas de tempo integral. Temos uma meta de até 2024 ter 60% das escolas em tempo integral em MS”, disse a secretária.

Os alunos das escolas fechadas terão prioridade na pré-matrícula, segundo a SED. Os funcionários que trabalhavam nas escolas também devem ter prioridade ao escolher uma nova escola para atuar.

Confira lista de escolas:

Aquidauana

  • E.E. Coronel Antônio Trindade: fechada
  • E.E. Prof. Luiz Mongelli: entregue para Prefeitura

Deodápolis

  • E.E. Edwirges Coelho Derzi: entregue para a Prefeitura

Dourados

  • E.E. Rotary Dr. Nelson de Araújo: entregue para a Prefeitura

Glória de Dourados

  • E.E. Hilda Bergo Duarte: fechada

Campo Grande

  • E.E. Nicolau Fragelli: entregue para a Prefeitura
  • E.E. Prof Carlos Henrique Schrader: fechada
  • E.E. Advogado Demosthenes Martins: entregue para a Prefeitura
  • E.E. Prof. Hilda de Souza Ferreira: entregue para a Prefeitura

Iguatemi

  • E.E. Paulo Freide: fechada
  • E.E. Leopoldo Dalmolin: fechada

Mundo Novo

  • E.E. Prof. Terezinha dos Santos Mendonça: entregue para Prefeitura

Ponta Porã

  • E.E. Lions Clube de Ponta Porã: entregue para a Prefeitura

Cinco escolas fechadas no início do ano

Desde o início de 2019, cinco escolas estaduais fecharam em Mato Grosso do Sul. Por enquanto, ainda não há uma estimativa de economia com o fechamento das escolas. A titular da SED (Secretaria de Estado de Educação), Maria Cecília Amêndola da Motta, explicou ao Midiamax que as escolas têm sido reordenadas devido à redução dos alunos na escola. Segundo ela, este processo é normal e natural, já que as famílias têm tido cada vez menos filhos.

“Entre 2010 e 2019, houve uma redução de quase 52 mil alunos. Se a gente considerar que cada sala tem uma média de 30 alunos, são muitas salas. Antes, as famílias tinham até sete filhos, hoje em dia são dois, no máximo”, diz.

Em janeiro, o Governo fechou as escolas estaduais professor Otaviano Gonçalves da Silveira Junior, no bairro Lar do Trabalhador, e a Zamenhof, no Amambaí. Antes, outras duas escolas haviam fechado: a Riachuelo, na Capital e Abadia Faustino, em Camapuã, a 135 km de Campo Grande. Em julho, o governo ainda fechou o ensino noturno na Escola Estadual José Barbosa Rodrigues, no bairro Universitário.

Escola Riachuelo, que teve o maior número de reclamações, no fim de dezembro, quando foi ‘transferida’ para um dos andares da Escola Hércules Maymone, a aproximadamente seis quilômetros de distância.

Que usem ônibus

A respeito do fechamento de escolas e reordenação dos alunos para outras unidades, a secretária disse que em Campo Grande há passe de ônibus para os estudantes. “Em Campo Grande tem o passe do estudante. Preferimos diminuir o número de escolas e equipar melhor as outras. Não tem motivo ara ter escolas vizinhas com 200, 300 alunos”, disse.

Fechamento de escola preocupa comunidades indígenas

Enquanto quatro escolas são entregues para a Prefeitura em Campo Grande, uma será fechada. O anúncio do fechamento da Escola Estadual Prof° Carlos Henrique Schrader, no bairro Flamboyant, tem preocupado não só alunos e professores, mas toda a Aldeia Indígena Urbana Marçal de Souza, localizada no bairro Tiradentes.

Segundo o Cacique Josias Jordão Ramires, o maior medo da comunidade é a desistência em massa por parte dos alunos. O vice-presidente da comunidade Rodrigo Soares, alerta ainda para as dificuldades que as famílias passam e que o deslocamento desses alunos para um local distante traz também uma preocupação para a liderança.

“A gente sabe que a realidade de muitas famílias do portão para dentro das casas não é das melhores, muitas vivem com uma renda baixa, e aí tem o custo do deslocamento, porque passe de estudante atrasa. Além disso, a questão da merenda, tem muito aluno que só come na escola. Tem casa que tem 4 filhos na escola, imaginar pagar o vale transporte todos os dias por pelo menos 1 mês até esse vale transporte chegar? ”, destacou.

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