Alunos e professores da Escola Estadual Professor Carlos Henrique Schrader, no Jardim Flamboyant, protestam na Câmara Municipal de Campo Grande nesta quinta-feira (21) contra o fechamento da instituição de ensino, anunciada na terça-feira (19) pela Secretaria de Educação. A intenção é conseguir apoio dos vereadores após solicitarem também aos deputados nesta quarta diálogo para evitar o fechamento.

A unidade mantém 63% de alunos indígenas, que moram na Aldeia Urbana Marçal de Souza, e a de Português Gislaine Camargo explica a importância de manter a unidade. “Esses alunos moram ali e vivem ali, frequentam a escola. As unidades sugeridas pelo Estado são a dois quilômetros de distância, em um lugar que não é o comum a esses estudantes. Nós não vamos deixar de lutar pela escola”.

No local, mais de 30 alunos que seguiram com as professoras e pais acompanham a sessão. “A informação que nos deram é de que existem salas ociosas por perto e que eles vão ser transferidos por uma reestruturação na Educação”.

As salas ficariam nas escolas do Maria Aparecida Pedrossian e no Hércules Maymone. “São cortes de salários aos convocados, fechamentos de várias escolas ao longo do ano. O que estão fazendo com a Educação?”, questiona a professora.

Manifestações

Com o anúncio do fechamento da escola Escola Estadual Professor Carlos Henrique Schrader, no Jardim Flamboyant e o protesto pacífico realizado pela diretora e alguns alunos na ALMS (), deputados estaduais vão tentar intermediar uma conversa com a SED (Secretaria Estadual de Educação) para talvez, evitar o fechamento.

Desde o início de 2019, sete escolas estaduais fecharam em Mato Grosso do Sul. Foram quatro escolas fechadas no primeiro semestre, uma de ensino noturno no meio do ano e mais duas anunciadas nesta semana: no residencial Octávio Pecora e no Jardim Flamboyant. Por enquanto, ainda não há uma estimativa de economia com o fechamento das escolas.

A titular da SED (Secretaria de Estado de Educação), Maria Cecília Amêndola da Motta, explica que as escolas têm sido reordenadas devido à redução dos alunos na escola. Segundo ela, ‘este processo é normal e natural, já que as famílias têm tido cada vez menos filhos’.