ALEMS mobiliza população para o combate ao Aedes aegypt
Assessoria Preocupada com os graves problemas de saúde pública associados ao vetor, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) proporciona diversos debates sobre a necessidade de mobilização conjunta entre o Poder Público e a sociedade civil no enfrentamento de doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypt. Às vésperas do início do verão, estação marcada […]
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Assessoria
Preocupada com os graves problemas de saúde pública associados ao vetor, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) proporciona diversos debates sobre a necessidade de mobilização conjunta entre o Poder Público e a sociedade civil no enfrentamento de doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypt.
Às vésperas do início do verão, estação marcada por chuvas intensas que facilitam sua proliferação, é imprescindível que a população sul-mato-grossense atente-se e mantenha cuidados contínuos para eliminar possíveis criadouros do mosquito.
Por esta razão, novembro foi instituído, por meio da Lei nº 5.370/2019, de autoria do deputado Renato Câmara (MDB), como o mês de enfrentamento à tríplice endemia: dengue, zika e chikungunya, em Mato Grosso do Sul.
Conforme a lei, neste período, o Poder Público deve intensificar atividades diversificadas visando à promoção de ações voltadas ao combate do vetor, bem como a criação de parcerias para realização de palestras, cursos, seminários, workshops, além de campanhas de divulgação de riscos e cuidados perante a sociedade.
Casa de Leis atenta à incidência
Conforme boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) em outubro, somente a dengue fez 27 vítimas fatais em 2019, 16 delas em Campo Grande e Dourados. As demais mortes ocorreram em Três Lagoas, Coxim, Ponta Porã, Maracaju, Costa Rica, Corumbá, Amambai e Miranda.
Dos 79 municípios, apenas Aquidauana, Anastácio, Inocência, Juti e Paranhos constam na lista de média incidência, registrando de 100 a 300 casos a cada 100 mil habitantes. Os 74 demais apresentaram alta incidência, isto é, acima de 300 casos confirmados a cada 100 mil habitantes. Neste intervalo, o Ministério da Saúde também confirmou 423 casos de zika em gestantes, 11 deles no Estado.
O tema merece tanta atenção que a Casa de Leis instituiu um grupo de trabalho para discutir exclusivamente os males relacionados ao mosquito. A Frente Parlamentar de Enfrentamento à Tríplice Epidemia, também coordenada por Renato Câmara, foi oficializada pela Mesa Diretora e publicada no Diário Oficial do Legislativo em 13 de março.
O grupo tem por finalidade propor, discutir e acompanhar a execução de políticas públicas relacionadas à prevenção e combate dessas arboviroses. Pesquisas de universidades públicas de Mato Grosso do Sul podem contribuir na batalha, no entanto, tropeçam na falta de recursos.
Parlamento em busca de recursos
Diante do impasse, a Frente Parlamentar decidiu solicitar apoio financeiro para continuidade dos estudos ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, além de outras demandas essenciais como, por exemplo, acompanhamento de mães, diagnosticadas com Zika vírus durante a gravidez, e de seus filhos, por equipes de médicos de várias especialidades e, ainda, estudo para produção de detergente que elimina larvas do Aedes aegypt, produzido a partir da tostagem da castanha de caju.
Neste último caso, a pesquisa, reconhecida internacionalmente com prêmio em evento realizado no Paraguai, é desenvolvida pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) e encontra-se na fase de semicampo e campo, conforme explanou o professor Bruno Amaral Crispim, durante um dos encontros na Casa de Leis. “São necessários concluir os ensaios de seguridade ambiental e recursos e parceiros para ensaios que avaliem a seguridade humana dos produtos”, contou o professor, que explica que o maior problema para a continuidade do projeto é financeiro.
Mato Grosso do Sul unido contra o Aedes aegypt
Lançada na última segunda-feira (4) pelo Executivo, a Campanha Estadual de Enfrentamento das Arboviroses sintoniza todos os municípios em torno da conscientização, tanto da sociedade em geral quanto dos gestores públicos. Por meio dela, o Estado fornecerá 500 mil sacos de lixo, 3 mil pares de luvas ecológicas, um milhão de folders, 20 mil cartazes, 700 faixas e 1.600 banners para campanhas educativas.
Por meio do projeto “Educando nossas Crianças”, desenvolvido em parceria com os 79 municípios, serão realizadas palestras educacionais nas escolas municipais, estaduais e privadas. Há previsão, ainda, do lançamento do aplicativo e-Visita Voluntário, que possibilitará às instituições públicas e privadas informar a existência de criadouros do mosquito, diretamente no sistema utilizado pelos Agentes de Combate de Endemias.
A Casa de Leis, por meio da Frente Parlamentar de Combate à Tríplice Epidemia, também é parceira da Campanha do Governo Federal de mobilização para o combate do mosquito, com a divulgação de informações preventivas nos canais oficias (TV e Rádio), além das mídias sociais institucionais.
Como na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul o combate à proliferação do Aedes aegypt é ação permanente e prioritária, as discussões sobre o problema terão continuidade no próximo encontro da Frente Parlamentar de Enfrentamento à Tríplice Endemia, na terça-feira (12), a partir das 14h, no Plenário Deputado Júlio Maia.
Mas e você? Já combateu o mosquito hoje?
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