Foi lançado nesta sexta-feira (21) o sistema Cidadão Integrado, rede de para combater crimes na área central de . O sistema funciona, a princípio, com 50 câmeras particulares de empresários integradas a um sistema desenvolvido pela CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas).

De acordo com o presidente da CDL, Adelaido Vila, o sistema foi ‘importado' de São Paulo e o objetivo é “fazer com que o cidadão possa contribuir para a sua própria segurança”. Segundo Vila, o sistema integra as câmeras instaladas pelos empresários, na sede do 1º Batalhão da Polícia Militar, responsável pela área central. A expectativa é que até junho do próximo ano, a rede funcione com pelo menos 500 câmeras em diversas regiões da Capital.

Segundo Villa, o investimento da CDL no sistema é de R$ 800 mil. Os empresários ou moradores que quiserem participar do sistema de monitoramento e que não possuem uma câmera, podem procurar a CDL. O valor do equipamento que será instalado é de R$ 700 e pode ser parcelado em até três vezes. O valor mensal para a utilização do aplicativo é de R$ 79. A câmera tem bateria com autonomia para continuar a gravação mesmo que a energia acabe e o sinal da internet seja interrompido.

Tenente-Coronel Claudemir mostra o funcionamento e câmeras já registraram um furto, na própria CDL. 

“O Cidadão Integrado trouxe uma ferramenta muito importante para desburocratizar o 190. Liga a Polícia Militar, a Polícia Civil e outros sistemas de segurança do Estado”, explica o comandante do 1º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Claudemir.

O presidente da CDL comenta ainda que o videomonitoramento era ‘um sonho' para os empresários e, que mesmo com o apoio do poder públicos – Estado e Município –  não cobria totalmente a área. Agora, com a possibilidade de os empresários utilizarem as suas câmeras apontadas para as ruas, a previsão é que as ruas sejam todas cobertas pelo monitoramento.

Diretor da CDL, Denilson Zumbiela, explicou na prática como funciona o sistema. Para integrar o sistema, o empresário deve colocar uma das câmeras de monitoramento voltada para a rua. O sistema capta as imagens que são enviadas para um servidor da Amazon, sem a necessidade de um servidor instalado em Campo Grande para receber os vídeos. As imagens são armazenadas e podem ser baixadas, enviadas e utilizadas pela polícia. Tanto pela Militar, para reprimir os crimes no momento, quanto pela Civil, em investigação de crimes.

O secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, destacou que a “segurança pública é dever do Estado com a contribuição da sociedade”. A previsão, segundo o Videira, é de que as centrais sejam instaladas também na 1ª Delegacia de Polícai Civil, Batalhão de Choque da Polícia Militar, GOI (Grupo de Operações e Investigações) e Garras (Grupo Armado de Repressão à Assaltos e Roubos a Bancos).

Conforme o secretário, os setores de segurança também estão realizando levantamentos para que as câmeras sejam priorizadas em corredores de grande fluxo e por meio de termos de cooperação da Sejusp com outros órgãos.  “Vai fomentar a produção de provas [pela Polícia Civil], poderá materializar esses crimes, além de economia e celeridade”, diz o secretário.

A previsão é de que com o apoio da FCDL (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas) o sistema também seja levado às cidades do interior e, principalmente, aos municípios da fronteira.