Idosa com suspeita de AVC espera há 14 dias por vaga em hospital
Central de regulação diz que paciente é a primeira da fila
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Central de regulação diz que paciente é a primeira da fila
Terezinha de Oliveira Arias, de 76 anos, está há 14 dias à espera por vaga em um dos hospitais da rede pública de Saúde de Campo Grande. Conforme a família, a suspeita é de que ela tenha sofrido um AVC (Acidente Vascular Cerebral) no último dia 3, quando visitava um dos filhos em Jardim – distante 239 quilômetros de Campo Grande. A hipótese só pode ser confirmada, ou descartada, depois que ela passar por tomografia, porém, o procedimento ainda não foi realizado.
Kathellen Rodem, de 22 anos, neta de Terezinha, diz que em Jardim a família foi informada de que a idosa tinha de ser transferida para um hospital de referência, mas que além de não haver vaga, não tinha ambulância para trazer a idosa.
Nesse sábado (16), Terezinha veio para Campo Grande com um de seus filhos. Ela foi levada para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento), mas ainda não há leitos disponíveis.
“Estamos preocupados porque ela só tem piorado, não fala, não come, não faz mais nada. Está em coma. O médico nos disse que ela pode ter sofrido um AVC e é necessário que ela seja transferida e que façam o exame para sabermos o que houve, mas até agora não conseguimos fazer nada porque não tem vaga disponível”, lamenta.
Coordenador de urgência da Sesau (Secretária Municipal de Saúde Pública), Yama Higa, afirma que neste domingo (17), 22 pacientes de Campo Grande esperam para que sejam transferidos para uma unidade hospitalar, além de outros 31 que foram regulados no interior do Estado.
“Os hospitais estão superlotados e sem condições de transferência. Seria irresponsável mandá-la para o corredor do Hospital Regional ou no Hospital Universitário. Estamos aguardando uma vaga ser liberada. Ela é a primeira da fila de espera”, garante.
Segundo o coordenador da Central de Regulação, também não foi possível encaminhar a paciente por meio do “Vaga Zero”.
“Tentamos enviá-la para a Santa Casa no sistema Vaga Zero, mas lá estão com um paciente sendo mantido por ventilação manual e além disso, as quatro salas do centro cirúrgico estão lotadas com pacientes que esperam vaga no CTI (Centro de Tratamento Intensivo).
A família de Terezinha promete buscar apoio junto a Defensoria Pública nesta segunda-feira (18).
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