Casa da Mulher Brasileira aponta registro diário de 32 ocorrências na Capital

Evento discute violência contra a mulher

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Evento discute violência contra a mulher

São registrados em média por dia em Campo Grande 32 casos de violência contra a mulher na Casa da Mulher Brasileira. Por mês, cerca de 980 a 1,3 mil ocorrências são feitas. Os dados são da Casa, que participa nesta quarta-feira (29) da programação dos “16 dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”.

O evento é promovido pela Procuradoria Especial da Mulher da Casa de Leis, por meio do Projeto Câmara Participativa na Escola Professora Maria Tereza Rodrigues, no Jardim Santa Emília.

Secretária de Políticas Públicas para as Mulheres, Carla Stephanini explicou que o evento não deve ter a presença só de mulheres e agradeceu a presença dos vereadores homens, que são 27 dos 29 parlamentares. Entretanto, apenas oito deles foram ao projeto.

“A violência vem do machismo, que mata. E é preciso fazer uma desconstrução social do sexismo que gera essa violência e mata mulheres”. Entre janeiro e outubro deste ano, foram 13 tentativas e cinco casos consumados de feminicídio somente em Campo Grande.

Coordenadora da Casa da Mulher Brasileira, Tai Loschi, explicou não ser à toa que Campo Grande teve implantada a primeira Casa. “Nós temos um registro muito alto de violência contra a mulher e feminicídio. Somos 200 funcionários que dão assistência sob sigilo”.

Tai também destacou o serviço de patrulha da Guarda Municipal, que pode ser acionado via 156, 190 ou 180. Após registrar o boletim de ocorrência, a patrulha faz rondas, evitando que o agressor fique por perto da casa da vítima quando há notificação para que o mesmo deixe a casa.

Na Casa, são atendidas mulheres e seus filhos por até 48 horas. E, quando necessário, elas sçao encaminhadas para um abrigo com as crianças, de acordo com a coordenadora.

16 dias de ativismo

A campanha mundial “16 dias de Ativismo de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres” busca conscientizar a população sobre os diferentes tipos de agressão contra as meninas e mulheres em todo o mundo. Trata-se de uma mobilização anual, empreendida por diversos atores da sociedade civil e do poder público.Casa da Mulher Brasileira aponta registro diário de 32 ocorrências na Capital

A campanha, realizada em escala mundial de 25 de novembro, Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher, a 10 de dezembro, data em que foi proclamada a Declaração Universal dos Direitos Humanos, também tem o objetivo de propor medidas de prevenção e combate à violência, além de ampliar os espaços de debate com a sociedade.

Apresentando calendários adaptados à realidade de cada país, no Brasil, considerando a dupla vulnerabilidade da mulher negra, a campanha inicia-se no dia 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, e se estende até o dia 10 de dezembro, passando pelo 6 de dezembro, Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres.

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