Projeto de Lei quer restringir venda de acetona e solventes a menores de 18 anos

Químicos poderiam ser utilizados na fabricação de drogas, diz autor

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Químicos poderiam ser utilizados na fabricação de drogas, diz autor

O deputado estadual Marcio Fernandes (PMDB) apresentou nesta quarta-feira (6), na Assembleia Legislativa, um projeto de lei que restringe a comercialização de acetona, clorofórmio, éter, tíner, benzina e anti-respingo de solda sem silicone, a menores de 18 anos. A justificativa é de que os químicos poderiam ser utilizados na elaboração de drogas.

De acordo com o autor do projeto, os solventes, facilmente inaláveis, seriam a segunda droga mais utilizada no Brasil. Sendo facilmente encontrados em farmácias e lojas de cosméticos, Marcio Fernandes justifica que o uso das substâncias é difícil de controlar resultando no abuso das drogas, como acontece em São Paulo e no Rio de Janeiro. Para o deputado, “é necessário tomar medidas de controle urgente para que a situação não se agrave cada vez mais”.

O site Antidrogas, citado pelo deputado, lista por exemplo o éter e o clorofórmio como os principais ingredientes do “loló”, entorpecente inalante proibido que deixa o usuário com confusões auditivas e visuais, além de dilatar as pupilas. O uso da substância vem aumentando gradativamente nos grandes centros, segundo dados do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas do Rio de Janeiro. 

O projeto de lei foi aprovado em primeira discussão, e deve ser novamente discutido na Assembleia Legislativa antes de passar pelo veto ou sanção do governador. Em Belo Horizonte, um projeto semelhante proibiu a venda de tíner para menores de 18 anos. Mesmo assim, o consumo entre os jovens permanece alto, relatam as autoridades.

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