Avenida Ernesto Geisel foi a que mais registrou mortes; motociclistas e ciclistas são maiores vítimas

O trânsito de Campo Grande matou uma pessoa a cada quatro dias em 2014, em média. Durante todo o ano, houve 98 mortes em acidentes, sendo motociclistas a maioria das vítimas.

Em relação a 2013, houve redução de 13% no total de mortes registradas. Nos 12 meses anteriores, foram 113 óbitos.

Os últimos acidentes registrados na Capital foram na Rua José Barbosa, na região do Zé Pereira, e na Avenida Ministro João Arinos, na saída para Três Lagoas. Nos dois casos, motociclistas morreram.

O levantamento do número de mortes foi divulgado neste fim de semana pelo site www.estrelanoasfalto.com.br. A pesquisa leva em conta mortes no local e posteriores, em hospitais, com objetido de fazer com que as vítimas “sejam lembradas, não se tornem apenas um número estatístico”, como destaca a idealizadora do projeto, a jornalista Val Reis..

Os locais apontados com maiores incidências de acidentes são as principais vias e com maior fluxo de veículos e pedestres. A Avenida Ernesto Geisel é a recordista no número de mortes, oito ao longo de 2014.

As saídas de Campo Grande concentram sete mortes, se somadas as para Cuiabá, Sidrolândia e São Paulo. As outras duas vias que se destacaram pela violência no trânsito foram as avenidas Afonso Pena e Gury Marques, cada uma com três registros. 

A Rua Catiguá, na região sul da cidade, foi a única que não fica entre as principais de Campo Grande. Na rua houve três mortes ao longo de 2014 – ela corta três bairros da região sul da Capital: Jardim Centro Oeste, Jardim Canguru e Jardim Paulo Coelho Machado.

Em entrevista ao Jornal Midiamax no dia 11 de dezembro do ano passado, o comandante do BPTran (Batalhão de Polícia Militar de Trânsito), tenente-coronel Jonildo Theodoro de Oliveira, confirmou que as principais vias concentram maior número de acidentes em Campo Grande. Ele ainda citou as avenidas Mascarenhas de Moraes, Guaicurus, Nasri Siufi e Coronel Antonino como trechos que merecem atenção de quem lida com o assunto. 

O aumento no número de mortes de ciclistas fez com que eles fossem incluídos pelo BPTran no segundo grupo de risco de mortes no trânsito, ficando atrás apenas dos motociclistas. Segundo o levantamento do Estrela no Asfalto, foram 60 mortes de motociclistas, 13 de ciclistas e 13 de pedestres. Com relação aos acidentes envolvendo veículos de passeio, morreram sete motoristas e cinco passageiros.

Nos meses de julho e setembro, dois ciclistas morreram na Avenida Presidente Ernesto Geisel. No primeiro acidente, na Vila Nha-nhá, um jovem de 21 anos, morreu após ser atropelado por um veículo Gol, conduzido por um idoso. A vítima foi arremessado a vários metros do ponto de colisão.

Já em setembro, um idoso de 55 anos morreu em um acidente na mesma avenida, próximo ao Shopping Norte Sul Plaza. Ele foi atingido por um jovem que conduzia uma picape. 

O levantamento ainda leva em consideração a idade das vítimas. Foram uma criança com até 14 anos; três adolescentes, com idades entre 15 e 17 anos; 25 jovens com idades entre 18 e 24 anos; 59 adultos, com idades entre 25 e 64 anos e 10 idosos, com idade a partir dos 65 anos.