Curtume alega que funcionamento seria para terminar processo de maturação de couros

Documentação seria problema para emissão de certificado

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Documentação seria problema para emissão de certificado

Depois de denúncias de que o curtume Qually Pelles estaria funcionando mesmo interditado pelo Corpo de Bombeiros, na tarde deste domingo (30), o advogado da empresa, Arlindo Murilo Munyz, afirmou à equipe de reportagem do Jornal Midiamax que o funcionamento seria apenas para terminar o processo de maturação dos couros.

“O couro já estava em processamento quando o acidente ocorreu, então não tem como parar este processo, já que os couros iriam apodrecer, portanto, o curtume não está funcionando apenas está terminando os trabalhos iniciados”, explica Arlindo Murilo.

Ainda de acordo com o advogado, a empresa está obedecendo todas as ordens do Corpo de Bombeiros e que a empresa teria um certificado provisório. “Obedecemos todas as normas de segurança, e o curtume só foi interditado por falta de documentação que já estão sendo providenciadas, tanto que a empresa foi interditada por falta de documentos e não por irregularidades”, fala.

Segundo informações do advogado não tem prazo para a empresa voltar a funcionar normalmente por que ainda faltam a entrega dos documentos, e a perícia não teria terminado os trabalhos para investigação das causas do acidente.

A denúncia de que o curtume estaria funcionando normalmente veio de um funcionário da empresa, que não quis se identificar. De acordo com o trabalhador foi emitida uma ordem para que todos voltassem as atividades normalmente nesta segunda-feira (31).

Em contato com o Corpo de Bombeiros foi informado para a equipe de reportagem do Jornal Midiamax, que a interdição seria por prazo indeterminado, já que o curtume não teria certificado para funcionamento. Ainda de acordo com informações, o curtume teria um prazo legal de dez dias para o desligamento e guarda de maquinários, mas que o funcionamento estaria proibido.

Acidente

O acidente no curtume Qually Pelle, no Núcleo Industrial, ocorreu na manhã deste domingo (30). Quatro trabalhadores caíram em uma caldeira de produtos químicos ao fazer a limpeza. Várias unidades do Corpo de Bombeiros foram deslocadas para o local. O motorista de caminhão pipa Leandro Cesário, 32 anos e operador de estação de tratamento de água Carlos Pietro da Silva, 38 anos morreram depois de cair no tanque de produtos químicos. Já os outros trabalhadores Wellington Britto e Adenir de Jesus Ribeiro foram encaminhados para a Santa Casa e Hospital Regional.
 

 

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