Governo vai emprestar ’14º salário’ a vítimas da chuva

Cerca de 110 mil aposentados e pensionistas afetados pela chuva nos 35 municípios de Pernambuco e Alagoas em estado de calamidade pública terão direito a um empréstimo equivalente a um 14º salário. O valor será recebido já em agosto e começa a ser pago em 24 prestações, sem juros e sem correção, em outubro. O […]

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Cerca de 110 mil aposentados e pensionistas afetados pela chuva nos 35 municípios de Pernambuco e Alagoas em estado de calamidade pública terão direito a um empréstimo equivalente a um 14º salário. O valor será recebido já em agosto e começa a ser pago em 24 prestações, sem juros e sem correção, em outubro. O anúncio foi feito nesta segunda-feira, pelo ministro da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, depois de encontro com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), no Palácio do Campo das Princesas.

O montante do empréstimo é de R$ 55 milhões e faz parte de uma iniciativa que, segundo o ministro, tem por objetivo capitalizar as vítimas das chuvas e beneficiar a retomada da economia local. O ministério já havia decidido antecipar para o primeiro dia útil de cada mês o pagamento dos benefícios desse mesmo grupo.

A possibilidade de crédito para os habitantes e comerciantes da área devastada, e a reconstrução das casas que foram destruídas em local livre de enchentes é, de acordo com Eduardo Campos, “o foco” da Operação Reconstrução. Ele prevê o início do trabalho de reconstrução das casas ainda neste mês de julho, quando, se a chuva permitir, máquinas começam com a terraplenagem dos 600 hectares já desapropriados pelo governo em áreas livres de enchentes.

Nesta semana, a equipe técnica do governo vai avaliar os melhores métodos de construção de moradias, visando a ter um custo baixo, rapidez na construção e possibilidade de utilizar a população afetada na construção das moradias. “Recebemos exemplos de outros países e Estados que enfrentaram situações semelhantes e métodos da engenharia brasileira e estrangeira que podem ser seguidos”, disse Campos, ao adiantar que nas cidades atingidas com 50 a 100 casas, por exemplo, o método de construção pode ser o tradicional. “Onde se tiver que fazer centenas e milhares de casas, a escolha tem que ser bem pensada”.

Por enquanto, Pernambuco recebeu R$ 75 milhões do governo federal para as ações de emergência – limpeza, comida, colchões, agasalhos. Outros R$ 200 milhões – para início da reconstrução de pontes, estradas e equipamentos públicos destruídos – devem entrar na conta estadual até o final desta semana.

Representantes de bancos como Bradesco e Banco do Brasil também participaram do encontro desta segunda, visando a viabilizar pagamento em locais onde agências bancárias também foram atingidas e apresentando oferta de crédito com taxa reduzida e carência de 180 dias – tanto para moradores que precisam de recurso para reformar o imóvel, como para comerciantes que necessitam refazer o estoque.

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