Após acordo, Congresso e Bolsonaro dividem bolo de R$ 30 bi, em perda inédita de recursos do governo federal

Ainda assim, o acordo deu aos parlamentares um controle inédito sobre uma fatia do Orçamento Federal, evidenciando a fragilidade da estratégia do presidente de trocar a negociação política com os partidos pela tentativa de pressionar o Legislativo por meio da mobilização dos segmentos populares que apoiam seu governo. Após o acordo para dividir os recursos, […]

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Ainda assim, o acordo deu aos parlamentares um controle inédito sobre uma fatia do Orçamento Federal, evidenciando a fragilidade da estratégia do presidente de trocar a negociação política com os partidos pela tentativa de pressionar o Legislativo por meio da mobilização dos segmentos populares que apoiam seu governo.

Após o acordo para dividir os recursos, a maioria dos parlamentares votou nesta quarta-feira para manter o veto de Bolsonaro que anulou o trecho da Lei de Diretrizes Orçamentárias que dava ao relator-geral do Orçamento deste ano, deputado Domingos Neto (PSD-CE), o poder de determinar como e quando cerca de R$ 30 bilhões seriam gastos.

Por outro lado, para garantir a manutenção desse veto, Bolsonaro encaminhou no dia anterior ao Congresso três projetos de lei que devolvem aos parlamentares, na figura de Domingos Neto, o controle da execução de cerca de R$ 15 bilhões. Esses projetos de lei ainda serão analisados e votados pelo Parlamento na próxima semana.

Como o veto foi mantido na Câmara dos Deputados, com 398 votos a 2, a matéria não precisou ser analisada pelo Senado. Para derrubar um veto, são necessários os votos da maioria absoluta de ambas as Casas (257 deputados e 41 senadores).

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