Ministra diz que precisa de salário de R$ 61 mil para roupas e maquiagem

Ministra havia dito antes que trabalho se assemelhava a escravidão

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Ministra havia dito antes que trabalho se assemelhava a escravidão

Em entrevista publicada nesta quinta-feira (2) pelo Estadão, a ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, afirmou que pediu o aumento de sua remuneração por parte do governo Federal pois tem gastos excessivos, como por exemplo para se “vestir dignidade” e “usar maquiagem”.

A entrevista foi concedida após a repercussão de um requerimento protocolado pela ministra, que ganha R$ 33,7 mil, em que ela comparou o fato de não receber os R$ 61 mil aos quais supostamente teria direito, com situação de trabalho escravo.

“Eu trabalho 12, 14 horas por dia, eu moro em Brasília, estou distante da minha família, eu pago condomínio, tenho minhas despesas, tenho que me vestir com dignidade, tenho que estar maquiada, eu tenho uma representatividade e eu trabalho”, argumentou a ministra.Ministra diz que precisa de salário de R$ 61 mil para roupas e maquiagem

Segundo Luislinda, ela teria direito a R$ 61 mil de remuneração mensal, referentes ao salário de ministra e o de desembargadora aposentada. Mas pela lei do teto do funcionalismo público, a ministra tem direito a apenas R$ 33,7 mil por mês, o equivalente ao salário de um ministro do Supremo.

Sobre comparar seu trabalho remunerado abaixo do que gostaria com situação de trabalho escravo, Luislinda não se arrepende: “todo mundo sabe que quem trabalha sem receber é escravo”, afirma a ministra.

De acordo com a ministra, seria direito dela receber R$ 61 mil pois já contribuiu com a Previdência no cargo de desembargadora por 50 anos. “Esse dinheiro é meu, garantido pela Constituição da República Federativa do Brasil”, afirma Luislinda.

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