Número de infectados por Aids em MS caiu nos últimos 2 anos

Em 6 anos, foram 3357 casos notificados no Estado

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Em 6 anos, foram 3357 casos notificados no Estado

O dia 1° de dezembro é dedicado ao Dia Mundial de Combate à Aids e dados da SES (Secretaria Estadual de Saúde), mostram que a número de pessoas diagnosticadas e que manifestaram os sintomas da Aids está diminuindo nos últimos dois anos. Ainda assim, número total de infecções é preocupante: 3.357 em seis anos.

O Ministério da Saúde aponta que 30% das pessoas com o vírus da Aids não sabem que têm a doença por não serem testadas. Em 2010, no Estado, foram 460 casos diagnosticados em adultos e os números tiveram evolução até 2014: 2011 (487); 2012 (555); 2013 (527); 2014 (627). Nos últimos dois anos, o número de infecções começou a cair: 2015 (455) e até o dia 21 de novembro deste ano (246). 

Com relação ao vírus HIV, em adultos, totalizou 1.510 casos nos últimos seis anos, no Estado. 

Em Campo Grande, foram 1.458 adultos diagnosticados com aids entre 2010 e 2016, segundo os números da SES. Assim como o total estadual, nos últimos dois anos, houve redução no número de pessoas com aids na Capital. Em 2006 (218), atingiu o pico em 2014 (305) e começou a cair em 2015 (173) e até o dia 21 de novembro deste ano (118). 

De acordo com a Sesau, em Campo Grande no ano de 2015 foram notificados 235 casos novos de HIV com incidência de 27.53/100.000 hab e de AIDS foram notificados 176 casos, com incidência de 20.62/100.000 hab. 

De mãe para filho

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil registrou queda na transmissão da aids de mãe para filho nos últimos seis anos. A redução foi de 36% na transmissão vertical da infecção. A taxa de detecção de aids em menores de cinco anos caiu 36% nos últimos seis anos, passando de 3,9 casos por 100 mil habitantes, em 2010, para 2,5 casos por 100 mil habitantes, em 2015. 

No Brasil, no período de 2000 até junho de 2016, foram notificadas 99.804 gestantes infectadas com HIV. Verificou-se que 39,8% das gestantes residiam na região Sudeste (39,8%), seguida pelas regiões Sul (30,8%), Nordeste (16,2%), Norte (7,4%) e Centro-Oeste (5,7%). 

Em 2015, foram identificadas 7.901 gestantes no Brasil, sendo 31,9% na região Sudeste, 29,6% no Sul, 20,9% no Nordeste, 11,8% no Norte e 5,8% no Centro-Oeste.

Gestantes

 A taxa de detecção de gestantes com HIV no Brasil vem apresentando tendência de aumento nos últimos dez anos; em 2006, a taxa observada foi de 2,1 casos/mil nascidos vivos, a qual passou para 2,7 em 2015, indicando um aumento de 28,6%.

Entre as Unidades da Federação, seis apresentaram taxa de detecção de HIV em gestantes superior à taxa nacional em 2015: Rio Grande do Sul (10,1 casos/mil nascidos vivos), Santa Catarina (5,6), Amazonas (4,0),Roraima (3,9), Amapá (3,6) e Rio de Janeiro (2,9). Os estados do Amazonas, Roraima, Amapá, Alagoas, Maranhão e Mato Grosso do Sul, que apresentaram tendência de aumento nas taxas de detecção nos últimos dez anos.

Conscientização

Conforme a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), a data será marcada por campanhas de conscientização e acompanhamento dos grupos de risco e população de modo geral.  No Centro de Triagem e Acompanhamento, localizado na Rua Inhanduí, s/n, ao lado do Instituto Municipal de Tecnologia da Informação. 

As equipes da Sesau também estarão presentes nos terminais de transbordo em ação de conscientização e distribuição de material informativo.

Epidemia

A epidemia no Brasil está estabilizada, com taxa de detecção em torno de 19,1 casos, a cada 100 mil habitantes. Isso representa cerca de 41,1 mil casos novos ao ano. Desde o início da epidemia de aids no Brasil (em 1980) até o final de 2015, foram registrados 827 mil pessoas que vivem com HIV e aids. Desse total, 372 ainda não estão em tratamento, e, destas, 260 já sabem que estão infectadas. Além disso, 112 mil pessoas que vivem com HIV não sabem. 

A epidemia tem se concentrado principalmente, entre populações vulneráveis e nos mais jovens. Os dados mostram uma mudança. Enquanto que em 2006, a razão entre os sexos era 1,0 caso em mulher para cada 1,2 casos em homem, em 2015, é de 1 caso em mulher para cada 3 casos em homens. 

Além disso, os casos em mulheres tem apresentado queda em todas as faixas, em especial, na faixa de 25 a 29 anos. Em 2005, eram 32 casos por 100 mil habitantes. Em 2015, esse número foi de 16 casos por 100 mil habitantes. Já entre os jovens do sexo masculino, a infecção cresce em todas as faixas etárias. Entre jovens de 20 a 24, por exemplo, a taxa de detecção subiu de 16,2 casos por 100 mil habitantes, em 2005, para 33,1 casos em 2015. 

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