Você tem o desejo de morar, trabalhar e usar os serviços públicos e financeiros dos , legalmente? Ou seja, deixar de ser imigrante. Então, é importante ter o Green Card americano. Foi atrás dele que a cirurgiã-dentista Layla Dias, especialista em harmonização facial, foi. Quem vê seu perfil no Instagram, com mais de 80 mil pessoas, não imagina o quanto a jornada foi difícil. Feliz porque está perto de conquistá-lo, ela conta a saga de quem, no auge da carreira, deixou Governador Valadares, município do interior de , há quase dois anos, em busca de melhor qualidade de vida e desenvolvimento profissional. “Abdiquei de muita coisa: minha carreira no Brasil, consolidada havia 15 anos, familiares, pacientes e amigos, mas faria tudo de novo”.

Filha de pais separados, Layla viu a mãe partir para os EUA aos 19 anos, quando tinha quase 3 anos. Na ocasião, ficou sendo cuidada pelo pai, de quem sente muita saudade. “Minha cidade, Governador Valadares, se tornou referência em enviar pessoas para os EUA. Toda família Valadarense tem pelo menos uma pessoa residindo aqui. E eu cresci vendo pessoas saindo da minha cidade sem nada e retornando com novas esperanças e nova vida. Então, passei a querer muito conhecer esse país que dava oportunidades e transformava a vida das pessoas”, relata

Layla Dias tentou o visto por seis vezes, sempre sendo negado. “Mas o tempo passou, eu me formei, com muita dificuldade, conquistei meu espaço como profissional, me casei e há seis anos consegui meu visto de turista, quando vim pela primeira vez conhecer o país, participar de um congresso e rever minha mãe que tinha 18 anos que não a via”.

Desde então, Layla Dias passou a visitar os Estados Unidos duas vezes por ano. Visitando e se apaixonando. “ A cada vinda, eu sonhava com o dia de poder ficar definitivamente. Então, me planejei para isso, por 3 anos. Eu me organizei financeiramente, busquei informações para poder estudar aqui e corri atrás para fazer tudo da maneira correta”, conta ela, que aportou, de vez, na Terra de Tio Sam, como o país também é conhecido, em dezembro de 2020.

Profissão de interesse para o país

Vivendo em Deerfield Beach, a 40 minutos de Miami, o US Permanent Resident Card (Cartão de Residência Permanente dos Estados Unidos), popularmente conhecido como Green Card americano, foi a escolha de Layla Dias para buscar o caminho da legalidade. “Existem várias leis de imigração. Eu pesquisei as leis e o que me permitiria estar aqui da forma correta. Descobri uma lei onde os USA reconhecia minha profissão e minhas habilidades como “ Interesse Nacional”, ou seja, o USA quer pessoas formadas, de alto nível de conhecimento no país. Eu me encaixava em todos os requisitos exigidos. Diante disso, busquei uma empresa de advogados experientes em imigração e dei entrada no meu processo”, explica a cirurgiã-dentista.

Até aí, tudo bem. Mas e os gastos? “Muitos se assustam quando falo, mas vale a pena. Com relação ao processo de imigração gastei aproximadamente U$30 mil dólares (R$150 mil reais) para mim e meu esposo”. Mas quem for em busca de uma graduação no país, ela estima gastos em torno de U$70 a U$100 mil dólares. “Se você já tiver uma graduação no Brasil, pode eliminar algumas classes. Isso tudo será determinado nas suas transcrições de notas dos diplomas do Brasil para as notas aqui dos EUA”.

Fluência no inglês e capacitação profissional

A língua americana pode ser um obstáculo para quem quer morar nos Estados Unidos. “Eu mesma, tinha dificuldades, mas hoje me viro perfeitamente bem”, encoraja Layla Dias, lembrando que mesmo quem tem um diploma no Brasil, terá de estudar muito para exercer a mesma profissão no país. “Tive que estudar muito e correr atrás para poder atuar legalmente. Estou na fase final desse processo. Eu também me graduei em Enfermagem (Nurse) e agora estou prestes a iniciar meu master, que é uma pós-graduação em Nurse practitioner, onde terei liberdade de atuar como uma médica”.

Colhendo vitórias 

Olhando para trás, Layla Dias sente orgulho do quanto foi focada em seu propósito. E colhe os bons frutos desse plantio. “Trabalho com harmonização facial e o que posso observar nesse cenário é que, apesar do Brasil ter os melhores profissionais, no sentido da destreza e do trabalho manual, os EUA e os países da Europa são os que dominam no sentido da descoberta e publicações científicas, ou seja, tudo começa por aqui”, conta.

Feliz, ela incentiva a todos que têm o mesmo sonho que ela, a prosseguirem no objetivo. “Faria tudo de novo. Tem pessoas que demoram 10/20 anos para conquistar algo estável aqui e eu, em quase dois anos, vejo como eu e minha família progredimos. Parece algo bobo, mas fico emocionada só de ver meu filho de 4 anos falando inglês fluentemente e recebendo uma educação de um país de primeiro mundo. Aqui temos segurança, enfim qualidade de vida. Outra coisa que eu admiro é a educação dos americanos, eles respeitam o seu espaço, eles cedem a vez, não querem tirar proveito em tudo”, pondera.

Mas é bem verdade que ela sempre retornará ao Brasil. “Minha intenção agora é ir ao Brasil para rever familiares e atender meus pacientes na clínica que ainda mantenho e ministrar levando o que há de melhor daqui. Agora mesmo estou estudando e pesquisando algo que será inédito no Brasil e em breve estarei levando para nosso país”, conclui.

*Esta é uma página de autoria de VARIEDADES ASSESSORIA JC MKT e não faz parte do conteúdo jornalístico do MIDIAMAX