Com o indicativo de paralisação dos motoristas para esta quarta-feira (18) em Campo Grande, o Consórcio Guaicurus teve pedido para impedir o movimento negado por juiz. Com isso, a greve da categoria deve acontecer nesta quarta-feira, conforme o STTCU (Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano).

Nesta tarde, o presidente do Consórcio Guaicurus, João Resende, disse ao Midiamax que a empresa ingressaria com ação trabalhista para impedir o movimento, que segundo legislação, estaria irregular.

“Nós pedimos para que não fizesse, pedimos para que seguissem a lei. Vamos protocolar agora a tarde com o juiz de plantão”, disse. Resende afirmou que a Prefeitura Municipal não se manifestou a respeito da nova tarifa, que há mais de um mês vem sendo tratada pela empresa.

O advogado da empresa, Felipe Barbosa, informou à reportagem que o juiz plantonista negou o pedido em carácter de urgência. “Nosso pedido de liminar foi indeferido, o juiz destacou no despacho dele que ainda não apresenta riscos. E disse que se houver a paralisação, vai reavaliar o pedido e notificar o sindicato”, relatou.

Sem reajuste

Após prazo para diálogo envolvendo reajuste salarial encerrar, o STTCU (Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano) definiu que os motoristas de ônibus de Campo Grande vão ‘cruzar os braços’ nesta quarta-feira (18). A categoria não teve as demandas atendidas e indicou greve em reunião com o Consórcio Guaicurus na manhã desta terça-feira (17).

Em ata do encontro encaminhada ao Jornal Midiamax, os empresários alegam que o reajuste solicitado não será realizado porque, segundo eles, o valor da nova tarifa do transporte público ainda não está definido.

Com a negativa do Consórcio, o sindicato sinalizou a paralisação dos motoristas ‘a partir’ desta quarta-feira (18), porém não é detalhado se a mobilização segue nos demais dias da semana.

Negociação de reajuste

Há cerca de um mês os motoristas estão em diálogo com a empresa detentora do transporte público de Campo Grande. Eles pedem reajuste de 16%, mas empresários ofereceram 6,4%.

Desde 22 de dezembro, motoristas alertam sobre a paralisação. Então, neste dia o Consórcio afirmou que a formalização de acordo de reajuste salarial com os trabalhadores passa pela definição da prefeitura a respeito do reajuste tarifário.

Em reunião da empresa com a categoria no dia 27 de dezembro, foi proposto aos motoristas um reajuste de 6,4%, mas o sindicato rejeitou inicialmente a proposta. Um novo encontro foi marcado para o dia 29 de dezembro, mas adiado após pedido do Consórcio.