Durou 40 minutos a vistoria no transporte coletivo de Campo Grande realizada pelos vereadores Junior Longo (PSB) e Valdir Gomes (PP) nesta tarde de quarta-feira (26) em Campo Grande. A viagem de um terminal a outro de ônibus, como planejado inicialmente por Valdir, não ocorreu, mas problemas foram constatados.

Os dois parlamentares foram ao Terminal Bandeirantes e lá verificaram problemas nos banheiros e confirmaram a necessidade de reforma – já prevista pela prefeitura, contemplando os sete terminais da cidade, por R$ 5,4 milhões.

Além disso, eles criticaram a proposta de abertura de uma CPI (Comissão Processante de Inquérito) na Câmara Municipal para apurar as denúncias sobre a baixa qualidade do serviço prestado pelo Consórcio Guaicurus no transporte público. Até o momento, apenas cinco vereadores assinaram o requerimento que pede a abertura do procedimento.

Contra CPI, vereadores não dão 'rolê de ônibus' e constatam problemas em terminal
Vereadores Junior Longo e Valdir Gomes (Foto: Leonardo de França)

“Não adianta nada assinar uma CPI pois só faria barulho. Não vai cobrar obras de melhoria da prefeitura, não vai atender as necessidades da população”, frisa Gomes, que ainda cobrou reinvestimento do valor pago pelas lanchonetes dos terminais na manutenção da estrutura desses locais.

Já Longo, que é presidente da Comissão de Transporte da Câmara, ressalta que a CPI não tem objetivo. “Estão apontando irregularidades mas não sabem especificar essa irregularidade”, comenta o vereador.

Tanto ele quanto Gomes criticaram o fechamento de salas no terminal que poderiam ser aproveitadas pela Agetran e Guarda Municipal, além da falta de equipe de segurança para cuidar do patrimônio público.

Vistoria sem ‘rolê'

Promessa não cumprida, a viagem de ônibus entre dois terminais não ocorreu, segundo Valdir Gomes, pois existe a necessidade de se terminar o mais rápido possível o relatório sobre a visita. “Precisamos acelerar o relatório para que até às 10h esteja tudo pronto”, disse o vereador.

Denúncias e

Uma série de reportagens do Jornal Midiamax mostra diversos problemas na prestação do serviço de transporte coletivo pelo Consórcio Guaicurus. Entre as revelações, está a que mais de 150 ônibus ficam parados todos os dias, mesmo em horário de pico. O presidente do consórcio, João Rezende, culpou a Agetran pela prática.

Recentemente, após a série de reportagens apontando suspeitas de irregularidades, como a suposta manobra dos empresários para economizar aumentando o tempo de espera o ‘clima teria mudado com relação à ação fiscalizatória'. A Agereg até informou que notificou o Consórcio para justificar o suposto corte nas tabelas.

Há também inquérito no MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) investigando porque a Agereg teria liberado o Consórcio Guaicurus até de pagar 2200 multas.