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Cotidiano

Consórcio Guaicurus culpa Agetran por manter 150 ônibus fora de circulação todos os dias

O Consórcio Guaicurus, que detém a concessão do transporte coletivo urbano de Campo Grande, culpa a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) pelo número de ônibus que mantém parados além da chamada ‘frota reserva’. Reportagem do Jornal Midiamax flagrou 118 veículos estacionados em pleno horário de pico. João Rezende, presidente do Consórcio formado pelas empresas […]
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(Foto: Leonardo de França/Midiamax)
(Foto: Leonardo de França/Midiamax)

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João Rezende, presidente do Consórcio formado pelas empresas que ganharam uma licitação em 2012 para explorar o serviço por vinte anos, confirma a denúncia feita por servidores municipais, e admitiu que o número de ônibus parados entre as 10h e 14 horas, período em que a reportagem realizou uma ronda nos terminais e garagens, pode chegar a 150.

No entanto, segundo Rezende, a prática, que segundo a denúncia, piora a qualidade do serviço para os passageiros e reduz os custos para os empresários, é definida pela própria Agetran.

“Seja lá o número que for, esse número é o autorizado, é o que está dentro da ordem de serviço que o Consórcio tem para cumprir. Os ônibus que foram encontrados parados tinham razão para isso. Com certeza, não estão descumprindo nenhuma norma do poder público”, afirma.

A reportagem aguarda retorno da Agetran para contatos feitos desde a semana passada, quando iniciou a apuração da denúncia. A Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos) e a Prefeitura de Campo Grande também foram acionadas.

Despreocupados

Com a concessão envolta em suspeitas de favorecimento, descumprimento contratual e falta de fiscalização, o Consórcio Guaicurus reforça que sequer se preocupa com as denúncias.

João Rezende garante que nem tem acompanhado as reclamações e denúncias de passageiros, funcionários das empresas e até servidores municipais ligados à fiscalização. Mas, admite que ‘o pouco que consegue acompanhar’, não o preocupa.

“Não estamos preocupados com isso porque fazemos o que é legal. Podem vir olhar, examinar, porque não somos bandidos”, diz.

Somente nos últimos 3 meses, o serviço já esteve implicado em denúncias por rodar com parte da frota vencida, descumprindo cláusula do contrato milionário de concessão, reclamações de passageiros por falta de acessibilidade, atrasos, lotação e ônibus estragados., suposta fraude no controle das tabelas, que seriam descumpridas em fins de semana e até investigação no Ministério Público de que 2200 multas de trânsito teriam deixado de ser cobradas.

Desde que começou a operar em Campo Grande, a propósito, o Consórcio Guaicurus figura como réu em  pelo menos 70 ações civis de primeira instância no TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), cujos pedidos de indenização superam R$ 8 milhões.

Ônibus parados

Segundo servidores envolvidos na fiscalização direta do serviço, as empresas que formam o Consórcio Guaicurus estariam mantendo quase um terço da frota parada todos os dias, e tirariam os carros das garagens apenas para ‘fingir’ que estão rodando como deveriam.

Segundo as informações oficiais da Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos), atualmente Campo Grande tem 555 ônibus, e apenas 50 deveriam ficar parados como ‘frota reserva’, usada para substituir outros em eventuais problemas mecânicos.

No entanto, a equipe de reportagem do Jornal Midiamax foi às ruas na última quarta-feira (19) verificar a denúncia e flagrou 118 coletivos estacionados nos arredores de 5 terminais e nas garagens da Viação Jaguar e Cidade Morena.

A ronda, documentada em vídeos e fotos, foi realizada entre as 10h e as 14 horas, ou seja, pegou todo o horário de pico no movimento do almoço. Por questão de logística, a reportagem deixou fora da rota de visita o terminal Júlio de Castilho e as garagens da Viação Campo Grande e Viação São Francisco.

Mesmo assim, o número de ônibus flagrados parados é o dobro do apontado pela Agereg como ‘frota reserva’. Segundo motoristas de ônibus, com menos ônibus rodando, a velocidade média nas viagens cai junto com o total de quilômetros rodados. Os empresários economizam, enquanto os passageiros sofrem.

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