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Transparência

Suposto operador de lobista investigado por intermediar venda de sentença em MS se entrega à PF

Diego Cavalcante é investigado por ter recebido R$ 6,5 milhões da empresa do lobista Andreson de Oliveira Gonçalves, acusado de intermediar venda de decisões no STJ
Thalya Godoy -
Imagem Ilustrativa. (Foto: Henrique Arakaki, Midiamax)

Diego Cavalcante, suspeito de ser operador financeiro de lobista investigado por venda de sentença com desdobramentos em , se entregou à Polícia Federal, em , nesta quinta-feira (15). Ele teve a prisão preventiva decretada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por suspeitas de destruição de provas e obstrução de Justiça.

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De acordo com informações do Portal Uol, outro alvo de prisão foi detido na última quarta-feira (14). A Polícia Federal apreendeu dois veículos da marca Porsche na residência de Diego Cavalcante na terça-feira (13).

Ele é investigado por ter recebido R$ 6,5 milhões da empresa Florais Transportes, pertencente ao lobista Andreson de Oliveira Gonçalves. Após as transferências, Cavalcante teria sacado cerca de R$ 3,3 milhões em dinheiro vivo.

Leia também – De falso policial a dono de mansões e resort: quem é o lobista preso que vendia sentenças em MS

Andreson de Oliveira Gonçalves é investigado acusado de intermediar venda de decisões no STJ (Superior Tribunal de Justiça) e em tribunais estaduais como em MT e MS. O empresário foi preso em novembro do ano passado por determinação do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Cristiano Zanin, em operação desdobramento da Ultima Ratio, que afastou cinco desembargadores no — um deles, Sérgio Fernandes Martins, voltou para as funções em dezembro. 

Cavalcante é suspeito de ser um dos operadores financeiros usados por Gonçalves para pagamento de propina a agentes públicos. A defesa afirma que ele é inocente. 

Operação que prendeu lobista é desdobramento de ação em MS

Andreson foi preso em novembro por suspeita de intermediar venda de sentenças nos tribunais de MT, MS e STJ (Reprodução)

A operação Sisamnes é desdobramento da Operação Ultima Ratio, que afastou cinco desembargadores de MS por suspeita de venda de sentenças.

Equipes cumpriram mandados nas casas dos desembargadores do MT, Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho. Os dois já estavam afastados desde agosto por decisão do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

Foram afastados dos cargos: Sérgio Fernandes Martins — que foi autorizado a voltar às funções desde 10 de dezembro —, além dos desembargadores Vladmir Abreu, Sideni Pimentel, Alexandre Aguiar Bastos e Marcos José de Brito Rodrigues. Além deles, o ministro também determinou afastamento do conselheiro Osmar Jeronymo, do TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado de MS).

Dessa forma, Andreson é apontado como intermediador de venda de sentenças. Relatório da investigação da PF mostrou laços que o lobista mantinha com o Felix Jayme Nunes da Cunha, também investigado.

Em nota, a PF diz que investiga também “negociações relacionadas ao vazamento de informações sigilosas, incluindo detalhes de operações policiais”.

Conforme as investigações, Andreson tinha acesso privilegiado a decisões antecipadas de ministros do STJ. Assim, vendia sua influência para garantir decisões favoráveis a advogados.

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Lobista e ligação suspeita com advogado de Campo Grande

Em uma das conversas interceptadas entre Andreson e Félix, a investigação flagrou suposta negociação de decisão no STJ: “Mais (sic) falo que a pessoa só tinha 290 mil para pagar. Isso aqui é café”.

Dessa forma, a PF conclui que “Salvo melhor juízo, as frases proferidas levam a crer que ANDRESON estaria insinuando que a quantia de R$ 290.000,00 seria considerada irrisória para o pagamento de propina”, segundo trecho do documento.

Despacho assinado pelo ministro do STJ, Francisco Falcão, baseado nas investigações da PF, indica que Felix recebeu, em 2017, R$ 1,1 milhão da empresa Florais Transporte, cujo proprietário é Andreson de Oliveira Gonçalves.

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