Prefeitura avalia legalidade de greve dos motoristas em Campo Grande e pode mover ação

Objetivo é garantir o mínimo de funcionamento das linhas

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Greve deixa terminais vazios em Campo Grande
Greve deixa terminais vazios em Campo Grande. Foto: Henrique Arakaki

A Prefeitura de Campo Grande avalia a legalidade da greve dos motoristas de ônibus do Consórcio Guaicurus, deflagrada na manhã desta terça-feira (21). Os trabalhadores alegam falta de pagamento por parte da empresa devido à suposta falta de recursos.

O secretário Odilon Júnior, titular da Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos), disse ao Midiamax que a greve, antes de ser iniciada, deve seguir alguns requisitos, sob risco de ser considerada ilegal.

Dentre os requisitos, consta, por exemplo, a realização de fórum e assembleia, bem como a manutenção de pelo menos 30% da atividade, em razão de ser considerado serviço essencial. No entanto, os indícios são de que todas as linhas estão inoperantes no momento.

Assim, a Procuradoria do município vai avaliar a legalidade do movimento e, se for o caso, mover ação para garantir o serviço à população. “Com certeza a Procuradoria vai analisar a situação e obrigar a manutenção do mínimo [de 30%]”, explicou.

Greve e crise

O secretário ressaltou ainda que já havia uma reunião marcada para esta tarde com a prefeita Adriane Lopes, para discutir a situação do Consórcio, no entanto, a greve surpreendeu a gestão e a reunião pode ser antecipada ainda para esta manhã.

Odilon pontuou que o transporte público enfrenta crise em todo o país desde o início da pandemia, cenário que foi agravado com a instabilidade econômica e o constante aumento do combustível. “Falta mais ajuda do Estado e da União, que poderiam fortalecer isso”.

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