Por consenso após afastamentos, TCE-MS decide manter Jerson na presidência por 180 dias

Auditores vão ocupar vagas apenas para julgar processos e não tomam parte da eleição

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TCE
Foto: Mary Vasques/TCE-MS

O conselheiro Jerson Domingos, presidente em exercício do TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul), vai continuar no comando durante os 180 dias de afastamento de Iran Coelho das Neves, Ronaldo Chadid e Waldir Neves. Às 13h desta quarta-feira (14) termina o prazo para registro das chapas para eleição da nova direção da corte.

Ao Jornal Midiamax, o conselheiro Flávio Kayatt disse que os demais membros decidiram que Jerson segue presidindo o tribunal até que terminem as medidas cautelares aos conselheiros alvos da Operação Terceirização de Ouro, da PF (Polícia Federal).

“Acertamos, num consenso dos quatro conselheiros, que o Jerson ficará pelos próximos 180 dias na presidência do tribunal”, afirmou.

Iran renunciou à presidência da corte após a operação. Durante o afastamento dos conselheiros, o TCE pode convocar auditores para votar em julgamentos, mas os servidores não têm direito a voto na eleição.

Operação Terceirização de Ouro

Em 8 de dezembro, a PF (Polícia Federal) deflagrou a Operação Terceirização de Ouro, um desdobramento da Mineração de Ouro, realizada em junho de 2021. Com apoio da Receita Federal e CGU (Controladoria-Geral da União), foram cumpridos 30 mandados de busca e apreensão em Campo Grande e mais quatro cidades brasileiras. 

As investigações apontaram uso de pessoas jurídicas vinculadas à participação no certame para contratação de empresas com licitações fraudulentas. Assim, entre as estratégias utilizadas para vencer as licitações, estava a agilidade na tramitação do procedimento.

Além de exigência de qualificação técnica desnecessária ao cumprimento do objeto. Por fim, faziam contratação conjunta de serviços completamente distintos em um mesmo certame e apresentação de atestado de capacidade técnica falsificado.

Um dos contratos investigados, com a Dataeasy Consultoria e Informática, supera R$ 100 mil. A corte suspendeu os pagamentos à empresa após a operação. Iran, Chadid e Neves estão afastados por 180 dias.

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A publicação foi feita no Diário Oficial da ASSOMASUL (Foto: Divulgação)
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