A unidade do UCI de Campo Grande passará a exibir filmes com sessões para pessoas com TEA (Transtorno do Espectro Autista) ainda neste mês. As exibições são uma conquista do POC (Procedimento Operacional e Consultivo) da Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul.
Por meio do Nudedh (Núcleo de Direitos Humanos), a Defensoria entrou com a ação para acompanhar o cumprimento da Lei Estadual nº 5.677/2021. Conforme o coordenador do Núcleo, o defensor público Mateus Sutana, além de pessoas com TEA, a lei garante o lazer a pessoas com outras deficiências que acarretem hipersensibilidade sensorial em geral.
“Muitas famílias e pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) deixam de ter convívio social ativo. Pensando nisso, a lei 5.677/2021 criou sessões de cinema com algumas peculiaridades, como forma de minimizar algumas barreiras”, explicou. Entre elas, estão: o ambiente deve ter pouco estímulo sensorial e os funcionários deverão ser treinados para atendimento adequado.
Para o coordenador, esse “é um grande passo para a garantia de dignidade e cidadania às pessoas com Transtorno do Espectro Autista ou outras deficiências que acarretem sensibilidade sensorial em geral”. À Defensoria, a UCI informou que as medidas demoraram a ser efetivadas devido à pandemia da Covid-19.
Segundo a Defensoria, as sessões serão realizadas entre terça e quarta-feira, uma vez ao mês. A primeira sessão já acontece na semana que vem.
A publicidade e divulgação de datas serão feitas pela rede UCI, mensalmente conforme a data estipulada, sempre que possível com antecedência mínima de 10 dias. Quanto às adoções, as salas ficarão com as luzes acesas e com 25% do áudio reduzido.
Por fim, a lei garante que familiares ou acompanhantes, mediante a compra de ingresso, terão acesso irrestrito à sala de exibição. Ou seja, eles podem entrar e sair da sessão sempre que necessário.