Subseção da OAB cobra ao MPE investigação de denúncia de crime eleitoral em Nova Andradina
Em reunião com o promotor de Justiça Eleitoral Paulo Leonardo Faria, a diretoria da 7ª Subseção OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil) solicitou, no último dia 4 de fevereiro, informações e providencias quanto a apuração de sobre denúncia de compra de votos que implicariam o resultado das eleições ocorridas em novembro de 2020 no município […]
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Em reunião com o promotor de Justiça Eleitoral Paulo Leonardo Faria, a diretoria da 7ª Subseção OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil) solicitou, no último dia 4 de fevereiro, informações e providencias quanto a apuração de sobre denúncia de compra de votos que implicariam o resultado das eleições ocorridas em novembro de 2020 no município de Nova Andradina, a 300 km de Campo Grande.
No caso, desde o dia 11 de janeiro deste ano, circulam via WhatsApp e Facebook áudios com conteúdos que denunciam suposta ocorrência de ilícitos durante a Eleição 2020, como compra de votos, e que implicam o prefeito eleito, José Gilberto Garcia (PR), e o ex-vereador Vailton Sordi, o Amarelinho (MDB).
Conforme nota oficial da Subseção, o MPE (Ministério Público Eleitoral) teria informado que a 7ª Subseção da Ordem
teria sido a primeira e, até aquele momento, única instituição a se interessar pelo andamento das investigações abertas no fim de janeiro.
“Nesse sentido, a 7ª Subseção da OAB/MS, reitera total apoio aos procedimentos investigatórios para apuração dos fatos, assim como as medidas legais cabíveis para a responsabilização dos comprovadamente culpados pelas
relatadas condutas”, traz nota.
Entenda o caso
Áudios que vem circulando entre a população de Nova Andradina – a 300 km de Campo Grande – entraram na mira do MPE. Ao Jornal Midiamax, foi confirmada no último dia 20 de janeiro abertura de representação tendo entre os alvos o prefeito eleito, José Gilberto Garcia (PR), e o ex-vereador Vailton Sordi, o Amarelinho (MDB).
O principal protagonista das gravações é o ex-vereador Amarelinho, que em 2020 ficou como suplente. Em uma das gravações, ele teria confirmado a distribuição de 500 tênis e 300 bolas à população, em ano eleitoral. A um interlocutor, conforme transcrito pelo Nova News, ele afirma que “ele sabe o que eu gastei, ele sabe o que eu fiz. Fora esse dinheiro de campanha, nós tinha [sic] gastado no início”.
Outra voz no áudio o questiona sobre o reconhecimento da população, já que não foi eleito, ao qual afirma que prefere que a situação vá “piorando cada vez mais”, pois “quanto mais piorar, mais eu vou ganhar dinheiro”.
Em outra gravação, ele afirma que gastou R$ 100 mil em sua campanha eleitoral, quase o dobro dos R$ 52.583 fixados como teto na campanha à Câmara Municipal em Nova Andradina. Já sua declaração oficial de campanha informou R$ 9.160 em despesas ao TSE.
Neste áudio, ele afirma ter vendido 2 terrenos e angariado R$ 80 mil “para terminar a campanha”. Além disso, disse que usou R$ 35 mil em recursos próprios e R$ 30 mil “dos outros caras da cidade”. “Nessa campanha eu gastei ao todo R$ 100 mil”. Na ocasião, a reportagem não conseguiu localizar Amarelinho para comentar os fatos. Ao Nova News, ele informou que preferiu não se manifestar.
Acusado de comprar votos, prefeito diz que tomou ‘providências legais’
Os materiais não citam diretamente o prefeito Gilberto Garcia, contra quem pesaria denúncia de compra de votos nas eleições – a reportagem apurou que o prefeito, reeleito, é acusado de captação ilícita de sufrágio (compra de votos), que teria surgido em conversa entre ele e um cabo eleitoral que atuou na campanha de 2020 e teria intermediado o contato com os eleitores participantes do esquema.
Ao Jornal Midiamax, Garcia negou a compra de votos, disse ter tomado conhecimento das denúncias e afirmou que teria sido alvo de tentativa de chantagem após a eleição. “Estamos cientes e já tomamos as providências legais. Vamos acompanhar essa representação e aguardar o Ministério Público se manifestar”.
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