Condenado a 20 anos e dez meses de prisão por homicídio

O Jornal Midiamax

Histórico

Em meio à trama do homicídio, testemunhas foram coagidas sendo uma delas o motorista da ambulância, que teve como advogada a mulher de Fernando. No entanto, o que o casal não esperava era que policiais bolivianos e até um promotor usassem de chantagem para extorquir os dois, com pedido de R$ 100 mil para que não implicassem o delegado ao assassinato.

Na tentativa de encobrir os rastros do crime, até execuções dos policiais e delegados que estavam investigando o caso foram arquitetadas por Cruz Júnior e Contis, que informava ao delegado todos os passos das investigações.

Os dois foram presos em 29 de março daquele ano em ação da DEH (Delegacia Especializada em Repressão a Homicídios) e (Delegacia Especializada em Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros). A nova denúncia de ameaças foi registrada em setembro de 2020, com o delegado já preso. Segundo as vítimas, mesmo detido ele teria tentado ordenar a execução dos colegas de trabalho.

O julgamento de Cruz Júnior chegou a ser agendado para abril de 2021, mas foi adiado para junho a pedido da defesa. Por fim, o juiz André Luiz Monteiro acolheu a decisão do júri e o condenou pelo crime.

“Agiu ardilosamente modificando o estado de coisas, bem como intimidou e coagiu testemunhas visando obter a sua impunidade quanto ao crime de homicídio praticado, o que reforça a incompatibilidade em permanecer exercendo o cargo para o qual foi nomeado”, pontuou o magistrado.