O promotor de Justiça Marcos Alex Vera de Oliveira deverá ser nomeado para atuar no gabinete do procurador-Geral de Justiça, promotor Alexandre Magno Benites de Lacerda. Atualmente respondendo pela 69º Promotor de Justiça de , Oliveira terá seu nome analisado pelos membros no do MPMS (Ministério Público Estadual) em sessão marcada para o próximo dia 29 de outubro, conforme publicado no DOMP (Diário Oficial do MPMS) desta segunda-feira (26).

Na função, que não foi detalhada no DOMP, o promotor deverá receber adicional que supera R$ 6 mil no cargo, sem prejuízo de suas funções na 69ª Promotoria. Seu antecessor, Fabio Ianni Goldfinger, também era nomeado no gabinete e no mês de setembro – antes da permuta com Marcos Alex Vera de Oliveira – recebeu R$ 6.334,41 por função ou cargo em confiança, conforme o do MPMS.

Ex-titular da 30ª Promotoria de Justiça de Campo Grande, Marcos Alex estava à frente de investigação contra o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), cujos esforços resultaram até em buscas na Governadoria durante a Aprendiz. Ele permutou a titularidade da 30ª com a 69ª, o que foi homologado na sessão do Conselho do último dia 30 de setembro de 2020, com publicação no dia seguinte no DOMP.

Na ocasião, a reportagem acionou o MPMS posicionamento referente à permuta, em contatos devidamente documentados e com tempo hábil para resposta. Até o momento, não houve posicionamento. O Jornal Midiamax também acionou o a fim de confirmar se a remoção do promotor está relacionada à sindicância aberta pelo Conselho. Em nota, o órgão pontuou que a sindicância em questão corre em sigilo e que por esta razão não poderiam ser repassadas informações.

Marcos Alex tornou-se alvo da reclamação de políticos junto à cúpula do MPMS a partir de 2017, quando assumiu a 30ª e encaminhou a investigação de algumas denúncias que habitualmente passavam longos períodos engavetadas. A suspeita, à época, era de que o MPMS usava a inércia ministerial e arquivamentos sem apuração para blindar políticos. O CNMP chegou a recomendar a remoção de promotores, e Marcos Alex assumiu a 30ª por permuta com o então titular, Alexandre Capiberibe Saldanha.

A remoção de Marcos Alex, vale lembrar, ocorreu antes do promotor oferecer a denúncia dos envolvidos na , deflagrada em fevereiro de 2019, para apurar a aquisição superfaturada de cartilhas educativas pela Secretaria de Estado da Casa Civil, entre os meses de junho de 2015 e agosto de 2016. Até o momento o prejuízo causado aos cofres público do Estado estaria estimado em R$ 1.600.577,00. Na ocasião, agentes da Polícia Federal foram à Governadoria para buscas.