Justiça condena ex-prefeito a devolver R$ 242 mil desviados em Bodoquena

A Justiça Federal de Campo Grande condenou o ex-prefeito de Bodoquena, Umberto Machado Araripe, à perda dos direitos políticos por cinco anos e à devolução de R$ 242,5 mil repassados pela União para fomento ao turismo no município, que segundo o MPF-MS (Ministério Público Federal de Mato Grosso do Sul) nunca foram aplicados nessa finalidade. […]

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Sede do MPF em Campo Grande (Divulgação)
Sede do MPF em Campo Grande (Divulgação)

A Justiça Federal de Campo Grande condenou o ex-prefeito de Bodoquena, Umberto Machado Araripe, à perda dos direitos políticos por cinco anos e à devolução de R$ 242,5 mil repassados pela União para fomento ao turismo no município, que segundo o MPF-MS (Ministério Público Federal de Mato Grosso do Sul) nunca foram aplicados nessa finalidade.

Ação por improbidade administrativa foi ajuizada pelo MPF-MS pelo desvio de verbas ocorrido em 2007. Na ocasião, o prefeito firmou convênio para o incentivo ao turismo em Bodoquena, sob a justificativa de que o recurso iria aquecer a atividade na região. Rico em belezas naturais, o município abriga a maior cachoeira do Estado, com uma queda de 156 metros de altura.

Pelo acordo, a prefeitura investiria contrapartida de R$ 7,5 mil. Os R$ 242,5 mil foram então depositados em conta criada para esse fim em setembro de 2007. Com a incumbência de fiscalizar o uso do recurso, o Governo do Estado recebia relatórios nos quais constava que o dinheiro permanecia intocado, sendo corrigido.

Mas, análise detalhada revelou que ele havia sido retirado no mesmo mês do depósito, sem informação de onde foi utilizado. Pelo sumiço do recurso destinado ao turismo, o ex-prefeito foi enquadrado em crime de improbidade que tramitou na Justiça Federal de Campo Grande sob o n.º 0010693-12.2013.403.6000.

Com a sentença, Umberto também não poderá firmar contrato com o Poder Público nem receber, direta ou indiretamente, qualquer benefício ou incentivo fiscal; além de ter que pagar multa civil no valor equivalente ao triplo da remuneração que recebia no cargo, acrescido de correção monetária.

A reportagem do Jornal Midiamax não conseguiu localizar o ex-prefeito, mas permanece aberto o espaço caso ele queira se manifestar sobre a sentença da Justiça Federal.

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