Após quatro horas, agentes deixam empresa e agência confirma apreensão de documentos
Os agentes da Polícia Federal e CGU (Controladoria-Geral da União) que estavam na Think Service Design LTDA, agência de publicidade que presta serviços para o governo do Estado, deixaram o local após quatro horas de buscas. Em nota, a agência confirmou que os agentes fizeram apreensões pela Operação Aprendiz, deflagrada pela 30ª Promotoria do Patrimônio […]
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Os agentes da Polícia Federal e CGU (Controladoria-Geral da União) que estavam na Think Service Design LTDA, agência de publicidade que presta serviços para o governo do Estado, deixaram o local após quatro horas de buscas.
Em nota, a agência confirmou que os agentes fizeram apreensões pela Operação Aprendiz, deflagrada pela 30ª Promotoria do Patrimônio Público de Campo Grande, chefiada pelo promotor de Justiça Marcos Alex Vera de Oliveira.
“A Think Service Design esclarece que o mandado de busca e apreensão cumprido pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (14) teve como objetivo de recolher documentos que auxiliem na Operação Aprendiz.
Sendo a agência uma prestadora de serviços publicitários licitada do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul contribuímos com os documentos solicitados pela Polícia Federal a fim de que sejam esclarecidos os fatos investigados.
A Think permanece à disposição dos órgãos competentes para cooperar com as investigações”.
Operação Aprendiz
A operação cumpre 11 mandados de busca e apreensão expedidos pela 4ª Vara Criminal Residual de Campo Grande, em órgão público, empresas ligadas ao ramo gráfico e de publicidade, e residência, todos localizados na Capital.
Participam da operação seis Auditores da CGU, quarenta e sete Policiais Federais e dois Promotores de Justiça. A investigação tem como objetivo apurar a aquisição superfaturada de cartilhas educativas pela Secretaria de Estado da Casa Civil, entre os meses de junho de 2015 e agosto de 2016. Até o momento o prejuízo causado aos cofres público do Estado estaria estimado em R$ 1.600.577,00.
A Operação “Aprendiz” é um desdobramento da Operação “Toque de Midas II”, realizada pela PF e CGU em maio de 2017, onde foram apreendidos documentos que revelaram burla a exigência de licitação, além de superfaturamento e sobrepreço na aquisição de material educativo pelo Governo do Estado.
A análise dos documentos pela CGU revelou, em relação a apenas uma das cartilhas adquirida pela Secretaria de Estado da Casa Civil em junho de 2015, com intermediação de Agência de Publicidade, um sobrepreço de 992%.
As apurações relacionadas a Operação “Aprendiz” seguem sob a responsabilidade da 30ª Promotoria do Patrimônio Público de Campo Grande, com apoio da PF e da CGU.
(Com Mariana Rodrigues)
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